O Quarteto tornou-se referência na música nativista, por suas melodias, arranjos vocais, instrumentais e apresentações, disseminando inovações e influências musicais e culturais
Um dos principais objetivos da equipe que preparou o Natal Felicidade deste ano é abrir as portas para os talentos locais, incentivando quem é nativo desta terra e ostenta potencial para brilhar e encantar mundo a fora. E com este propósito, uma das atrações mais esperadas não poderia ser diferente. Na noite deste sábado (17 de dezembro) o grupo Quarteto Coração de Potro, que nasceu e cresceu em Lages, debutou no palco do calçadão da praça João Costa, cantando e encantando em um show gratuito, um verdadeiro presente de Natal aos lageanos e lageanas.
O prefeito Antonio Ceron circulou pelo calçadão, cumprimentou os artistas no camarim e prestigiou o show de um dos grupos nativistas com maior sucesso na Serra Catarinense e com reconhecimento em vários festivais importantes na cultura do sul do país. “É um orgulho para nós termos o Quarteto Coração de Potro, um grupo genuinamente de Lages, representando tão bem a cultura nativista. Um presente de Natal para os lageanos que puderam conferir sua musicalidade em uma praça aberta, num belíssimo show”, destaca o prefeito.
Com 15 anos de carreira, o Quarteto tornou-se referência na música nativista, por suas melodias, arranjos vocais, instrumentais e apresentações, disseminando inovações e influências musicais e culturais. Hoje, estes quatro lageanos, Kiko Goulart, Vitor Amorim, Patrick Antunes e Maicon Oliveira, tem um dos shows mais requisitados do cenário musical nativista e por onde tem passado, vem deixando sua marca, agregando cada vez mais seguidores.
Trajetória de sucesso na música nativista
O Quarteto Coração de Potro é um grupo musical nativista que surgiu em meados de 2007, em Lages, a terra da Coxilha Rica, quando quatro jovens músicos começaram a se reunir para cantar a terra, o campo e seus costumes. Através da música tradicionalista, que é conhecida por cantar temas da natureza e do ambiente, o grupo passou a imprimir sua musicalidade na poesia, criando entre a letra e a melodia, uma música que resgata suas origens.
Seu som espelha sonoridades trazidas pelo folclore latino-americano, principalmente de Alfredo Zitarrosa, Los Índios Tacunau, Hernán Figueroa Reyes, mesclados aos estilos de Noel Guarany, Cenair Maicá, Luiz Marenco, Leonel Gomez, entre outros.
Em 2009, gravaram seu primeiro disco independente com o título “Tempo adentro, campo afora”. Álbum muito bem recebido pelo público, chegando a ser reproduzido em novas tiragens. Em 2012, foi lançado o segundo álbum, “Pra onde vou e de onde venho”. Ambos os discos foram gravados no estúdio Luvi, em Pelotas/RS com a participação de diversos poetas, músicos e intérpretes importantes.
O terceiro disco, “Meu tempo, meu canto”, lançado em 2017, dessa vez gravado em Eldorado do Sul/RS, foi mais uma vez um trabalho bastante esperado pelo público cativo que acompanha o Quarteto. Este disco reflete uma evolução e maturidade sonora há tempos buscada pelo grupo e recebeu o prêmio de melhor disco do ano através de uma enquete feita pelo G1 Repórter Farroupilha.
Posterior a isso foi lançado nas plataformas digitais os álbuns Festivais 1 e 2, álbum Quarteteando que são resgates de gravações de festivais e algumas inéditas, também lançaram o álbum “De Volta” que oficialmente é o 4 album do Quarteto, também lançaram em 2021 o álbum “Rastros e Saudades” onde interpretam composições do Poeta Ramiro Amorim, além do documentário “Gaúcho Lageano” lançado em Maio de 2021, e em 2022 lançaram no canal do Youtube e plataformas digitais “Folcloreando” Concerto no Corredor das Tropas trabalho esse gravado ao vivo no corredor das tropas, com participação de mais de 15 artistas tais como 4 violinos, piano, gaita botoneira, bandoneon, flauta peruana, baixo acústico, cielo, participação de Adriano Alves nos recitados além de bailarinos trabalho esse muito elogiado pela crítica como uma das melhores obras já executadas pelo grupo.
Participaram de vários festivais importantes e reconhecidos na cultura do sul do país, tais como, Califórnia da Canção Nativa, Sapecada da Canção Nativa, Ponche Verde da Canção, Vigília do Canto Gaúcho, Gauderiada da Canção, Reponte da Canção e outros. conquistaram diversas premiações, ultrapassando o número de 50 troféus.
Além dos festivais brasileiros, também subiram ao palco em alguns dos maiores festivais de folclore do mundo, o festival de Folklore de Cosquín e a Fiesta Nacional del Chamamé na Argentina, e também em apresentações no Uruguai.
Programação de domingo (18 de dezembro):
19h – Dançar Passarela
20h – Coral Vozes da Liberdade
Texto: Aline Tives
Fotos: Ary Barbosa de Jesus e Toninho Vieira