Em 2022, o Governo de Santa Catarina vai investir R$ 124 milhões na recuperação, manutenção e implementação de rodovias estaduais, informou o secretário-adjunto de Infraestrutura e Mobilidade, Alexandre Martins da Silva. “Já estamos com contratos da ordem de R$ 124 milhões”, disse. Pelo menos 40% desse valor serão aportados em estradas no oeste, extremo-oeste e meio-oeste. Ele participou de reunião conjunta do Conselho para Infraestrutura de Transporte e a Logística Catarinense e da Câmara de Transporte e Logística da Federação das Indústrias (FIESC), nesta quarta-feira, dia 16.
“Há mais de 90 projetos sendo finalizados para implementação. As rodovias do oeste foram as mais esquecidas durante décadas. A FIESC fez um levantamento preciso e apontou isso. Porém estamos com mais de 584 quilômetros de rodovias em projeto para a região – 50% do que temos em projeto hoje na Secretaria é para o oeste, extremo-oeste e meio-oeste”, declarou Alexandre.
Em participação por vídeo, o presidente da FIESC, Mario Cezar de Aguiar, destacou que a manutenção das rodovias é fundamental para garantir boas condições de segurança e fluidez. O secretário-executivo da Câmara de Assuntos de Transporte e Logística da FIESC, Egídio Martorano, defendeu a criação de uma política de estado para que as estradas tenham uma manutenção preventiva periódica. “O pavimento tem vida útil, por isso, é importante ter um projeto de manutenção rotineira e preventiva. A rodovia pode estar em boas condições hoje, mas se ficar seis meses ou um ano sem manutenção começa a se deteriorar, ter buracos e problemas de sinalização, por exemplo, o que gera acidentes, insegurança para o usuário, além de elevar o custo do transporte”, afirmou
Em sua apresentação, Martorano também destacou que, das 43 obras e projetos de infraestrutura de transporte estaduais e federais acompanhados pelo Monitora FIESC, 95% delas estão com o prazo expirado ou com o andamento comprometido. São obras nos modais rodoviário, aquaviário, ferroviário e aeroviário que totalizam R$ 8,7 bilhões.
O diretor-superintendente administrativo da Portonave, Osmari de Castilho Ribas, destacou a marca de 10 milhões de contêineres movimentados pelo porto. A Portonave é o segundo maior movimentador de contêineres do país (atrás apenas do Porto de Santos). Segundo ele, entre as prioridades do porto estão a execução da segunda fase das obras da bacia de evolução para permitir a operação de navios de 400 metros de comprimento. “A bacia de evolução talvez seja a nossa grande demanda porque os navios continuarão crescendo. Hoje podemos operar navios de até 350 metros, mas esperamos atingir embarcações de 400 metros, que é a tendência do mercado. Os grandes armadores já têm acenado com a previsão de trazer para o Brasil esses navios maiores”, explicou, salientando que outra preocupação é o acesso aos portos com o crescimento da movimentação de cargas.
Também participaram do encontro, por videoconferência, a coordenadora do Fórum Parlamentar Catarinense, a deputada Angela Amin, e o senador Esperidião Amin. Ela destacou que há um trabalho em curso para recomposição do orçamento federal para obras de infraestrutura, que sofreu corte recentemente. Representantes da bancada federal tiveram reunião com o ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, e com o DNIT.