Desde a fundação da Cooperativa de Carnes Nobres na Serra Catarinense (Coopertropas), no ano de 2013, o projeto de integração de produtores da região da Amures tem só crescido, com agregação de novos integrantes, e com a ampliação da produtividade, ganhando novos mercados. Assim, a Cooperativa continua em plena expansão dentro do limite de oferta de matéria-prima, sem sobras nas entregas da semana. Mensalmente, o abate se situa entre 320 e 340 unidades, mesmo considerando fatores extracampo, como períodos de estiagem, que acabam influenciando na produtividade.
Conforme explica o presidente Eliel Búrigo, para dar conta da crescente expansão, a Cooperativa de Carnes tem a meta anual de seguir angariando novos cooperados. Em 2021 havia 88 sócios. Atualmente, o número é de 112. No entanto, continua seguindo com a procura de novas adesões, visando ampliar igualmente a oferta do produto. Além de Lages, a demanda se estende a outros municípios, como Florianópolis e outros, no Meio-Oeste. “E, essa demanda existe porque nosso produto é diferenciado e não se iguala a nenhum ofertado no mercado, com a mesma proposta de valor, e com as mesmas características. Isso exige uma organização muito forte e uma disciplina muito grande”, salienta.
Franquia
Os passos para conseguir ampliar a circulação do produto no mercado, passam também pela inauguração da Casa de Carne, junto ao Mercado Público de Lages. A ideia é fazer um modelo de franquia, com amplo estudo de mercado e observar o comportamento dos cortes, ou seja, o que o cliente procura, o que ele consome, e o que ele gosta, para então produzir de acordo com as exigências. – Eu tenho que encher os olhos dele, né? Então, com base nisso, a Casa de Carne está servindo para a Cooperativa refinar a questão de preferência do cliente. Mais à frente, havendo viabilidade econômica financeira, e com estrutura, a ideia é vender o projeto para todo o território nacional em forma de franquia. Inclusive, já há procura. Porém, é preciso mais prazo para a efetivação, além da necessidade de uma criteriosa avaliação dos indicadores.
Entreposto
O entreposto vai atuar especificamente para a franquia. Em fase de construção, além dos cortes embalados, o projeto deverá também se estender à industrialização de subprodutos, como hambúrgueres, entre outras alternativas que estão sendo estudadas. “O entreposto vai ser uma chave, uma espécie de divisor de águas entre o que a gente tem hoje para ofertar como carcaça, e o que a gente vai poder diversificar em termos de validade de produto”, completa Eliel.
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