O Centro de Ciências Agroveterinárias (CAV), da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc) em Lages, realizou, nesta segunda-feira, 13, a necropsia da onça-pintada Nina, pertencente ao Parque Zoobotânico de Brusque. O procedimento foi feito pelo Grupo de Patologia Veterinária (GPV), sob a coordenação da professora Renata Casagrande.
Segundo a médica veterinária do zoológico, Milene Zapala, Nina tinha 25 anos e, de acordo com o Plano de Ação Nacional de Conservação de Espécies Ameaçadas de Extinção, era a onça mais velha do Brasil mantida em cativeiro. A onça-pintada é uma espécie ameaçada de extinção e é o maior felino das Américas.
A necropsia contou com a participação de alunos de graduação em Medicina Veterinária e de pós-graduação em Ciência Animal da Udesc Lages. O procedimento levou cerca de três horas e tem o intuito de descobrir a causa da morte do felino. Nina passou por uma cirurgia de retirada de tumor de mama, há cerca de um mês. Um laudo será emitido, no prazo de 30 dias.
A Udesc Lages mantém uma parceria com o Zoobotânico de Brusque, por meio do programa de extensão Conexão Medicina Veterinária da Udesc e o Diagnóstico das Enfermidades em Animais Selvagens, coordenado pela professora Renata Casagrande. “Esse programa auxilia na conservação de espécies de animais selvagens em Santa Catarina e essa parceria permite aos nossos alunos um maior conhecimento sobre as enfermidades em animais selvagens”, ressalta a professora.
Sobre Nina
Nina chegou a Brusque em 1997, com aproximadamente três meses de idade e, durante 18 anos, viveu com o parceiro Mike, que morreu em 2018, com mais de 20 anos de idade. Desde 2018, Nina vinha apresentando sinais de velhice, mas em 2022 piorou em função do tumor no abdômen.
O diretor-geral do Zoobotânico, Carlos Alexandre Reis, explica que “as onças, em cativeiro, vivem cerca de 20 anos, mas com todo o amor, carinho e cuidado que o parque tem com seus animais, essa barreira foi ultrapassada e ela pode viver até os 25 anos. Com certeza, ela era um dos animais favoritos do zoo, por isso, deixará uma marca e uma saudade muito grande no coração de todos”.
Assessoria de Comunicação da Udesc Lages*