Judiciário de SC terá energia elétrica de fonte renovável e de baixo impacto ambiental

Por Luiz Del Moura

O Poder Judiciário de Santa Catarina (PJSC) terá energia elétrica de fonte renovável e de baixo impacto ambiental a partir de fevereiro de 2023. Isso será possível em razão do convênio de cessão que será assinado com a Celesc Geração S.A. para a usina fotovoltaica construída na cidade de Lages, na Serra catarinense.

A estimativa de Everton William Tischer, diretor de Engenharia e Arquitetura do PJSC (DEA), é de uma economia de 10% sobre o valor gasto com energia elétrica nos prédios do Judiciário catarinense em todo o Estado, com relação à produção anual de energia elétrica efetivamente gerada por aquela usina. A entrega técnica da usina está marcada para o dia 7 de dezembro.

O convênio de cessão da Usina Solar de Lages terá prazo de 10 anos. “A utilização de energia solar (fonte fotovoltaica) para substituir a atual matriz de consumo energético do Poder Judiciário catarinense vai gerar economia de recursos e fomentar a prática ambientalmente sustentável, como previsto no Plano de Gestão 2022-2024. Para isso, a usina tem estimativa de produzir uma quantidade de energia elétrica anual de 1.788.000 kWh/ano, o que equivale ao consumo médio de 550 residências”, anotou o diretor da DEA.

A Usina Solar de Lages está pronta e atualmente passa por fase de testes. O processo de licitação ocorreu de abril a junho deste ano. Já as obras foram realizadas de setembro a novembro. O investimento da Celesc foi na casa dos R$ 4 milhões. A produção estimada da usina representará em torno de 11,75% do consumo anual nos prédios do PJSC, com base no ano de 2021 (15.210.066 kWh/ano).

De acordo com a cessão, o convênio prevê a compensação de créditos à concessionária em 90% dos gastos com energia elétrica gerados na conta agrupadora do Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC), que contempla todas as unidades consumidoras. Isso vai proporcionar uma economia de 10% sobre o valor gasto com energia elétrica nos prédios do PJSC, até o limite de créditos gerados pela Usina Solar de Lages (sustentabilidade econômica) – e sem aporte inicial direto de valores.

A cessão prevê ainda a possibilidade de expansão da quantidade de usinas contratadas da Celesc Geração S.A. com mais 4 MW de usinas fotovoltaicas previstas (em torno de 7.064 MWh/ano). “A meta prevista no termo de cessão prevê a redução de emissão de CO2 no primeiro ano em 10%. No segundo ano, a meta será uma redução de 20% das emissões; do terceiro ano em diante, uma redução de 30%”, destacou o diretor.

A iniciativa atende à Resolução n. 400/2021, do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), sobre o uso de energia alternativa. Isso porque a energia alternativa ou renovável é aquela gerada por fontes renováveis e que não emitem poluentes na atmosfera. As principais fontes alternativas de energia são estas: energia solar, eólica, maremotriz e geotérmica.

NCI/TJSC

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