“Como nossas ações e decisões têm assegurado, na prática, os princípios da Proteção Integral e da Prioridade Absoluta ao Direito à Convivência Familiar e Comunitária, estabelecidos pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA)?”.
A reflexão norteia a Roda de Conversa do Grupo de Trabalho Interinstitucional de Acolhimento, que reúne, nesta quarta-feira (22), no auditório da CDL em Lages, profissionais da área de assistência social de três associações de municípios: Amures, Amplasc e Amurc.
Com o tema “Família Acolhedora para Crianças e Adolescentes: serviço especializado de alta complexidade”, o encontro se estende ao longo do dia, promovendo debates, dinâmicas e a troca de experiências sobre o acolhimento familiar como forma de proteção e garantia de direitos.
A programação iniciou com uma contextualização sobre a proteção integral de crianças e adolescentes e o direito à convivência familiar e comunitária. Em seguida, os participantes discutiram o funcionamento do Serviço de Acolhimento em Família Acolhedora e compartilharam relatos de experiências municipais.
Durante a tarde, os debates se concentraram em aspectos práticos da gestão e qualificação do serviço, reforçando o compromisso regional com o fortalecimento do acolhimento familiar. O evento reúne ao menos 70 representantes de mais de 30 municípios catarinenses e é promovido pelo Grupo Interinstitucional do Acolhimento de Santa Catarina, com apoio da Amures e Cisama, por meio da Assessoria de Assistência Social.
A supervisora em Políticas Públicas da FECAM, Janice Merigo, destacou a importância do encontro para o aprimoramento das práticas e para a consolidação do serviço.
“Este serviço tem um impacto significativo na vida das crianças que precisam ser acolhidas temporariamente. Santa Catarina é referência nacional em acolhimento familiar e seguimos trabalhando para aprimorar e consolidar essa política pública”, afirmou.
A assistente social da Amures e Cisama, Ana Paula Couto, ressaltou que a região já possui experiências consolidadas nesse tipo de acolhimento. “O encontro contribui para aperfeiçoar o trabalho das equipes e fortalecer o vínculo com as famílias de origem”, observou.
As Rodas de Conversa são uma articulação entre diversas instituições, entre elas o Ministério Público de Santa Catarina (CIJE), o Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente (CEDCA-SC), o Conselho Estadual de Assistência Social (CEAS-SC), COEGEMAS, FECAM, o Movimento Nacional Pró-Convivência Familiar e Comunitária, o Programa Família Acolhedora SC, o Governo de Santa Catarina, por meio da Secretaria de Assistência Social, Mulher e Família, a Associação Catarinense de Conselheiros Tutelares, o Poder Judiciário de Santa Catarina e a Federação das Câmaras de Vereadores do Estado.
Texto/fotos: Onéris Lopes
Assessoria Comunicação Amures