A diretoria da Associação e Sindicato Rural de Lages tomou a decisão de liberar a presença do público nos leilões, a exemplo de outras praças, porque não há mais restrições quanto a isso. Por mais de dois anos, a comercialização de animais ocorreu através de plataformas virtuais, suprindo as necessidades de atender a demanda na venda do produto. A liberação começa já neste sábado, 7, com a realização da 1ª etapa da Feira do Terneiro de da Terneira, porém, de forma limitada, e as pessoas deverão ficar um pouco afastadas umas das outras. Mesmo assim, o atendimento virtual nas vendas será mantido em paralelo com o presencial.
O Sindicato tem programado três leilões neste mês de maio, com mais de 2,5 mil animais. Cerca de mil, serão comercializados nas duas etapas da Feira do Terneiro e da Terneira, nos dias 7 e 14 de maio, e outros 500, na Feira de Gado Geral, prevista para a segunda-feira (16).
Em termos de comercialização, o presidente Márcio Pamplona analisa que a partir dos negócios de animais jovens na região, em determinadas praças, estão ocorrendo bastante oscilações no preço final dos animais. A explicação pode estar agregada ao dia do evento, com menos público, ou dificuldade no acesso. Por outro lado, existe uma procura. O mercado precisa comprar, pois há falta de animais. “No Rio Grande do Sul, só na semana passada, embarcaram em um navio cerca de oito mil animais para o exterior, e isso faz falta no mercado de carnes”, salienta o dirigente rural.
Além de tudo, há ainda a questão da Guerra, na Ucrânia, que provoca o desequilíbrio de commodities. Por isso a possibilidade de influência na produção de carne e, com as exportações de animais vivos, faltar para a reposição, no futuro próximo. Enfim, a alimentação à base de proteína está valorizada, seja a soja, seja a carne. O Brasil nunca exportou tanta carne bovina quanto agora”, ressalta.
Portanto, Márcio Pamplona entende que é preciso acreditar que a grande oferta de terneiros e terneiras nas feiras do Conta Dinheiro irá ter procura, especialmente de parte de produtores que fazem manejo. Muitos colheram os grãos, e agora têm disponibilidade de plantar o pasto de inverno para a reposição de animais. Lages, passa a ser o maior polo de comercialização, com a maior oferta do Estado, em três leilões seguidos. Leva-se em conta também, além da quantidade, a qualidade da mercadoria ofertada.
Crédito fotos: Paulo Chagas