Atividade integra a programação do evento e enaltece a importância da história e da arquitetura local como recursos pedagógicos
A oficina foi ministrada por Gessica Coelho, responsável pela área patrimonial da Fundação Cultural, junto ao grupo “Memórias que Habitamos”, composto pelas arquitetas Lilian Fabre e Kássia Zanchett, especialistas na área. Como foco principal da atividade, as possibilidades de trabalhar a educação patrimonial a partir da história de Lages, especialmente por meio de sua arquitetura.
Inicialmente, os participantes foram introduzidos aos conceitos de patrimônio cultural, com explicações sobre patrimônio material e imaterial, tombamento, registro e preservação. Foram apresentados livros, documentos históricos e outros materiais que ajudam a contar a trajetória do município de Lages, despertando reflexões sobre a memória coletiva e os espaços urbanos.
Em seguida, os participantes realizaram uma visita guiada pelo centro da cidade, passando por importantes marcos históricos, como, o Casarão Juca Antunes, a Catedral Diocesana e as três principais praças de Lages: Praça João Ribeiro (conhecida como Praça da Catedral), Praça João Costa (Calçadão) e Praça Vidal Ramos Sênior (Praça do Terminal). Durante o percurso, as palestrantes compartilharam histórias e curiosidades, utilizando a arquitetura como forma de leitura do tempo e expressão dos gostos e valores da população lageana ao longo dos anos.
A proposta da oficina foi demonstrar como a história e o patrimônio da cidade podem ser recursos pedagógicos potentes, especialmente nas áreas de artes e educação infantil, segmentos que representaram a maioria dos participantes inscritos na atividade. Ao apresentar formas práticas de inserir estes conteúdos no cotidiano escolar, a iniciativa reforçou a importância da integração entre cultura e educação na construção de uma identidade local e de uma aprendizagem significativa.
Para a superintendente da Fundação Cultural de Lages (FCL), Carla Zonatto, a participação no Congresso representa mais do que uma colaboração institucional: É um compromisso com a formação de cidadãos conscientes de sua história e do patrimônio cultural do município. “Estar presente no Congresso de Educação é como abrir as portas da cidade para dentro da sala de aula. A cultura é um livro vivo que está nas ruas, nas praças, nos edifícios. Quando a escola se apropria deste conteúdo, ela aproxima o aluno da sua realidade, dando significado ao que se aprende. A Fundação Cultural tem ese cuidado com o nosso patrimônio cultural”, analisa Carla.
A participação da Fundação Cultural de Lages no Congresso reafirma seu compromisso com a valorização do patrimônio como instrumento de transformação social e educacional.
O XIX Congresso de Educação do Município de Lages, com o tema “Educação que cria raízes: Fortalecendo a identidade e o pertencimento”, foi realizado nos dias 21 e 22 de julho.
Texto: Rafael Araldi
Fotos: Divulgação