Queijo Artesanal Serrano apresentado virtualmente em evento internacional

Por Luiz Del Moura

Com o passar do tempo, certos territórios ganham notoriedade pelos seus produtos ou serviços. Quando qualidade e tradição se encontram num só local, a Indicação Geográfica surge como fator decisivo para garantir a diferenciação do território e da sua produção. É o reconhecimento para o mundo de que certa região se especializou e de que tem capacidade de produzir com primor e exclusividade.

Nesta quinta-feira (09) em mais um painel do IV Evento Internacional de Indicações Geográficas e Marcas Coletivas, promovido pelo Sebrae, com várias etapas apresentadas, entre às 15h30 e 16h30, produtores de quatro regiões do país apresentaram e degustaram de forma virtual produtos das Indicações Geográficas de queijos. Todos explicaram o que diferencia o queijo de cada região.

O evento foi uma oportunidade de entender como as Indicações Geográficas e as Marcas Coletivas contribuem para a preservação da biodiversidade e do saber-fazer das pessoas, trazendo contribuições positivas para as economias locais e o dinamismo regional. No caso dos queijos foram apresentados o Queijo Minas Artesanal da Região do Serro; o Queijo Minas Artesanal da Canastra; o Queijo do Marajó tipo creme e o Queijo Artesanal Serrano (SC).

O queijo da Serra Catarinense foi apresentado pelo produtor Air Zanelato, proprietário do Sítio Santo Antônio – Queijaria STA, de Bom Retiro, distrito de Barreiros, e que faz parte dos 18 municípios catarinenses dos Campos de Cima da Serra, além de outros 16 do Rio Grande do Sul.

O queijo é produzido com leite de vacas de corte, cru e recém ordenhado. Provém de animais que se alimentam basicamente de pastagens nativas. Depois de pronto, o queijo é maturado sobre tábuas de araucária, por no mínimo 60 dias, de acordo com exigência nacional. No entanto, conforme Zanelato, pesquisas estão sendo feitas para ver a possibilidade de baixar um pouco mais esse tempo de maturação.

Ao ser questionado sobre as características que ele atribui para tornar o queijo serrano único, ele ressaltou o fato de que a receita vem sendo passada de geração em geração. A família é a 13ª geração açoriana portuguesa a produzir este queijo, isso desde a primeira metade do século XVIII. Além disso, completou dizendo que faz parte de uma produção feita com amor, religiosidade, cantigas e a reza. “Na soma de tudo é o que torna o diferencial”, disse.

Fotos: Aires Mariga

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