A estimativa para o município de Lages ultrapassa 1 bilhão
Aconteceu na tarde desta quarta-feira, 19 de novembro, uma audiência pública do Poder Legislativo Lageano, que apresentou a Lei Orçamentária Anual para o exercício de 2026 da administração municipal. O evento ocorreu no Plenário Nereu Ramos, sendo presidido pelo vereador Agessander Belezinha (Cidadania), presidente da Comissão de Finanças, Indústria, Agricultura, Comércio e Turismo da Câmara de Lages. Ao longo do próximo ano, a Prefeitura vai trabalhar com um orçamento de R$ 1.034.189.500,00.
A reunião foi conduzida por Cleino Arruda de Souza, controlador Interno da Câmara Municipal, que apontou que o Produto Interno Bruto (PIB) de Lages, ou seja, a soma de todos os bens e serviços produzidos no município em 2024 foi de R$ 6.479.546.345,94, o que representa um decréscimo de 3,03% em relação ao movimento econômico apresentado em 2023. O percentual abaixo em comparação ao ano anterior pode ser explicado por ser o último exercício da gestão anterior, quando geralmente há um maior controle dos gastos públicos.
Para a formulação da Lei Orçamentária de 2026, a equipe da Secretaria da Fazenda trabalhou com uma inflação estimada em 5% e um crescimento do PIB local de 0.80%. Possíveis recursos oriundos de emendas parlamentares de deputados e senadores não entraram no cálculo. Cerca de 53,22% do Orçamento (R$ 550.3 milhões) são para despesas com pessoal e encargos (salários, aposentadorias, benefícios, vale-alimentação, impostos trabalhistas, etc.). Os vereadores podem encaminhar suas emendas ao orçamento até o dia 24 de novembro para reformas e sugestões de obras públicas, bem como as emendas modificativas referentes ao texto de Leis.
As cinco maiores fatias do Orçamento 2026 de Lages são destinadas à Educação – R$ 268 mi (25,92%); Saúde – R$ 203.4 mi (19,67%); Fundo Financeiro do LagesPrevi – R$ 125.7 mi (12,15%); Semasa – 82 mi (7,93%) e Encargos gerais (dívidas e juros do Município) – R$ 67 mi (6,48%). Para a Câmara, o repasse estimado é de R$ 21.3 mi, equivalente a 2.06% do Orçamento.
Fotos: Bruno Heiderscheidt
Julia Adhara – Jornalista