Região discute implantar roteiro da sociobiodiversidade do pinhão

Por Luiz Del Moura

Implantar um roteiro da sociobiodiversidade do pinhão na Serra Catarinense, visando o uso sustentável da semente e promover de forma integrada o desenvolvimento da agricultura familiar, é o objetivo de projeto que está sendo trabalhado pelo Consórcio Intermunicipal Serra Catarinense – Cisama em parceria com diversas entidades, como Centro Vianei de Educação Popular, universidades e instituições ligadas à sustentabilidade.

A primeira reunião para tratar do assunto aconteceu na última semana no auditório da Amures, onde foram abordadas pautas como manejo sustentável da araucária para produção de pinhão e as frutas nativas nos sistemas agrícolas tradicionais (SAT Pinhão). A reunião foi conduzida pelo diretor executivo do Cisama, Selênio Sartori e o coordenador de projetos do Centro Vianei de Educação Popular, membro do Laboratório de Comercialização da Agricultura Familiar (LACAF/UFSC), Natal João Magnanti.

Participaram das discussões, pesquisadores, professores, biólogos e dentre outros, analistas ambientais de cidades como São José, Florianópolis, Curitibanos e Lages. Segundo Natal Magnanti, é preciso ampliar os canais de comercialização do pinhão, de frutas nativas e seus derivados. E com isso, fortalecer a agricultura familiar. “Temos um grande desafio nesse projeto, mas acima de tudo, buscamos agregar valor a esses produtos que são genuinamente do território”, afirmou.

O projeto busca ainda, a utilização do pinhão como protagonista em cestas de bens e serviços territoriais. Para o secretário executivo da Amures, Walter Manfroi, esse projeto vai promover o arranjo produtivo do pinhão, das frutas nativas e seus derivados. “Dessa forma será agregado valor aos produtos, o que resultará no reconhecimento comercial”, citou Manfroi.

Durante a reunião foi apresentado um estudo preliminar de mercado para o pinhão, seus derivados e frutas nativas. Falado também, sobre a metodologia para identificar e valorizar os recursos territoriais, a importância de rotas de experiências, aquisição de produtos, locais de visitação, hospedagem e serviços de alimentação, baseado na cesta de bens e serviços.

Texto/Fotos: Onéris Lopes
Assessoria Comunicação Amures

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