Em âmbito de tipos, formatos e tamanhos de chocolate; em seleções especiais e comemorativas; na composição por brinquedos e elementos colecionáveis, e nos ingredientes livres de açúcar, glúten, leite e lactose, perceptível a elevação de valores
A finalidade de alertar e proteger o público no exercício de praticar o consumo em sua realidade de orçamento, levando-se em consideração preços justos sem exacerbação e a competitividade leal na exploração entre as empresas, instigou o Programa de Defesa do Consumidor (Procon) de Lages a desenvolver a pesquisa de preços de diversificados tipos de chocolate nesta temporada de Páscoa, quando a produção e a procura pelos produtos estão entusiasmadas e acaloradas e as etiquetas expostas nos artigos recebem etiquetas com valores diferenciados de outras épocas do ano.
Primordial os consumidores estarem prudentes a todos os detalhes. Ressalte-se que, em âmbito geral de tipos, formatos e tamanhos de chocolate; em seleções especiais e comemorativas; na composição por brinquedos e elementos colecionáveis, e nos ingredientes livres de açúcar, glúten, leite e lactose, está perceptível a elevação de valores, como acontece variavelmente com os sabores tradicionais e elaborados.
Em Lages, o Procon efetuou o levantamento nas datas de 19 e 20 de março. Os fiscais/pesquisadores selecionaram nove dos principais estabelecimentos comerciais de gêneros alimentícios da cidade – supermercados e atacadistas, em consulta a preços de ovos de Páscoa de tipos de sabores de cascas e recheios, e submarcas pertencentes as três principais e maiores marcas de ovos de chocolate do Brasil, de gramaturas variadas, de tamanhos de 166 gramas a 359 gramas, cada. Além destes itens de chocolate, o Procon pesquisou valores de caixas de bombons em quatro marcas, com pesagens de 146 gramas, 250 gramas e 251 gramas, e mais uma caixa tipo wafer recheado, de 100 gramas, em seus quatro tipos de sabores. A tabela expõe os pesos, preço em cada estabelecimento, menor valor e maior valor encontrado.
Por exemplo, o ovo de Páscoa Hot Wheels, da Lacta, de 166 gramas, foi detectado a R$ 67,89 como preço mínimo, e R$ 79,97 como o máximo, além de mais sete variações. A caixa de bombom de 250 gramas de uma específica marca pode ser encontrada a R$ 10,69 – menor preço, e no máximo R$ 12,99. De outra marca, de R$ 11,78 a R$ 16,29. Por fim, em relação à caixa de wafer recheado, o menor valor constatado é de R$ 4,78 e, o maior, R$ 7,98, lembrando que os valores de menor e maior preço observados nos quatro tipos praticamente não oscilam. Portanto, são semelhantes nos nove locais abordados. “O importante, além do preço, é garantir a compra de um produto com qualidade”, aconselha a coordenadora executiva do Procon, Marinês Roque.
A pesquisa completa pode ser consultada na Galeria de Imagens e no site do Procon – https://procon.lages.sc.gov.br/pesquisas. O trabalho foi solicitado pelo Procon Estadual (Santa Catarina)/Diretoria de Relação e Defesa do Consumidor, órgão ao qual a pesquisa foi encaminhada para divulgação no Estado.
Influência da inflação e a nova regra do direito de visualizar preço por unidade de medida
A inflação alta acumulada nos últimos meses interferiu no aumento do preço dos ovos de Páscoa. O valor do produto costuma sempre ser comparado com o do chocolate em barra. Para facilitar a comparação, o consumidor pode aproveitar a nova regra prevista no Código de Defesa do Consumidor.
A Lei Nacional nº: 14.181, de 1º de julho de 2021 inseriu a obrigação da informação dos preços dos produtos por unidade de medida no rol dos direitos básicos do público consumidor. Conforme o texto da Lei, obrigatória “a informação acerca dos preços dos produtos por unidade de medida, tal como por quilo, por litro, por metro ou por outra unidade, conforme o caso”.
Na prática, significa que os estabelecimentos comerciais devem incluir o preço por quilograma do chocolate na etiqueta de preços dos ovos de Páscoa, para que o consumidor possa calcular o custo-benefício de um produto. Ilustração: Se um determinado ovo pesa 250 gramas e custa R$ 30, na etiqueta deve constar que o preço do chocolate por quilo neste caso é de R$ 120. Se uma barra pesa 100 gramas e custa R$ 5, deve constar o preço por quilo – R$ 50.
Consumidores devem ser cautelosos na percepção do prazo de fabricação e validade, inviolabilidade, higiene, cheiro, paladar e exigir nota fiscal
Imprescindível o consumidor estar atento à data de fabricação e prazo de validade do produto e sempre exigir a nota fiscal com a intenção de garantir seus direitos em caso de algum problema com a compra. Ainda, deverá prestar atenção na embalagem do produto, pois deve estar lacrada, íntegra, sem furo ou amassada.
Observar a forma de acondicionamento dos chocolates para que não haja comprometimento na hora do consumo. E, finalmente, se a pessoa optar pela compra de ovos promocionais, havendo a informação, exemplo, de que estão “quebrados”, o fornecedor não será obrigado a trocar o produto.
Ovos com brinde/brinquedo, selo do Inmetro e a saúde em primeiro lugar
As crianças gostam de receber presentes na forma dos tradicionais ovos de chocolate, e se chacoalharem o produto e notarem que existe brinquedo ali dentro, é alegria na certa! Contudo, fundamental possuir embalagem adequada, contendo datas de fabricação e validade, informações sobre os ingredientes e a tabela nutricional referente ao doce.
Se o ovo portar brinde ou brinquedo, relevante observar se tem o selo do Instituto Nacional de Metrologia (Inmetro), atestando a obediência às normas de segurança e qualidade. Necessário constar a faixa etária indicada do brinquedo ou se não há faixa etária específica. A faixa etária dever ser respeitada pelos consumidores, para que se evitem acidentes com as crianças.
Ovos caseiros e artesanais – Validade e qualidade
No atual período do ano, normal deparar-se com inúmeras ofertas de produtos fabricados de maneira caseira e artesanal, embalados com papéis pomposos e brilhantes e os famosos “ovos de colher”. Entretanto, atentar-se a questões de qualidade e validade do produto e não apenas preço, afinal, são alimentos. Embalagem adequada, com datas de fabricação e validade e, se possível, as informações sobre os ingredientes e a tabela nutricional referente ao doce. Os “ovos de colher” são confeccionados tanto por confeiteiras em seus ateliês, quanto por marcas renomadas no mercado.
Frutos do mar/peixes
Milhares de famílias mantêm o hábito de consumir peixes e frutos do mar na Sexta-feira Santa ou em dias anteriores, ao longo da Quaresma. A tradição, todavia, deve ser alvo de alguns cuidados, por parte do consumidor no momento da aquisição:
– Escolher um estabelecimento de confiança para a compra dos produtos
– A pele do peixe deve estar brilhante e, se houver muco, deve ser translúcido
– Peixes com cabeça devem ter os olhos salientes e bem brilhantes
– As escamas não devem estar se soltando do peixe
– As brânquias devem estar bem avermelhadas, em tom rosado ou vinho escuro
Funcionamento do Procon
O funcionamento do Procon de Lages acontece de segunda a sexta-feira, das 8h às 12h e das 14h às 18h. Já o atendimento prestado está acessível ao público de segunda a sexta-feira, das 8h às 11h e das 14h às 17h – agendamento por telefone: 3019-7459. Os documentos obrigatórios para abrir uma reclamação são carteira de identidade, Cadastro de Pessoa Física (CPF) do titular ou procuração, comprovante de residência e algum documento comprobatório da transação comercial.
O Procon foi criado em 1993. Órgão integrante do Sistema Nacional de Defesa do Consumidor, com o objetivo de desenvolver ações de caráter preventivo e pedagógico, bem como buscar a solução de conflitos entre fornecedores e consumidores residentes no município de Lages.
Texto: Daniele Mendes de Melo
Fotos: Divulgação