Artigo da Udesc Lages sobre custo de oportunidade em hidrelétricas é publicado em revista internacional

Por rexpressivaADM

Um artigo produzido no Centro de Ciências Agroveterinárias (CAV), da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc) em Lages, foi publicado na revista científica Remote Sensing Applications: Society and Environment, que é referência na área de Geociências e Sensoriamento Remoto.

O trabalho tem como autora Camila Furlan de Souza, mestre pelo Programa de Pós-Graduação em Engenharia Florestal. Intitulado “Evaluating the monetary environmental compensation over a Hydroelectric Power Plant based on opportunity cost simulation, GIS, and remote sensing images”, o artigo avalia por meio de imagens de sensores remotos a detecção de mudanças causadas pela implantação de uma usina hidrelétrica e o custo de oportunidade. O custo de oportunidade é um conceito teórico da economia que mensura o valor do que se renuncia ao tomar uma decisão.

O artigo é fruto da dissertação de mestrado de Camila, defendida em 2019, sob orientação dos professores Veraldo Liesenberg, Marcos Benedito Schimalski e Philipe Ricardo Casemiro Soares. O trabalho tem como título “Classificação do uso da terra e custo de oportunidade de um empreendimento de usina hidrelétrica no planalto sul catarinense”.

A pesquisa apresentou resultados do mapeamento de diferentes classes de uso da terra, realizadas em período anterior e posterior à instalação de um empreendimento de usina hidrelétrica, e estabelece um comparativo entre os impostos supostamente gerados pela agricultura e pecuária, caso elas existissem nas áreas que foram inundadas, com a compensação financeira recebida pelos municípios diretamente atingidos.

Entretanto, de acordo com Camila, a metodologia pode ser empregada em vários empreendimentos geradores de impacto ambiental. Segundo a autora, o licenciamento ambiental é um instrumento utilizado pelo Brasil com o objetivo de exercer controle prévio e de realizar o acompanhamento de atividades que utilizem recursos naturais, que sejam poluidoras ou que possam causar degradação do meio ambiente.

“A compensação financeira reflete uma quantia paga por um empreendimento pelo direito de uso, exploração e comercialização de um bem. Portanto, a instalação de um empreendimento em um município é um compromisso perpétuo e deve levar em consideração aspectos ambientais, sociais e também econômicos”, diz a pesquisadora.

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