A conferência teve 179 inscrições, buscando promover a equidade, fortalecer a participação social e reforçar a importância de políticas públicas que assegurem direitos
A prefeita Carmen Zanotto acompanhou o evento e reafirmou o compromisso da gestão com a pessoa idosa. “As conferências são fundamentais para debatermos, trocarmos experiências e para reafirmar o compromisso da cidade com uma política de envelhecimento, que respeite a singularidade de cada pessoa idosa, promovendo uma sociedade mais democrática e justa”, comenta a prefeita.
A abertura da Conferência Municipal dos Direitos da Pessoa Idosa contou com a palestra da Mestre e Assistente Social, Adriana Zanqueta, com o tema Envelhecimento Multicultural e Democracia: Urgência por Equidade, Direitos e Participação.
A conferência contou com grupos de trabalho que foram separadas por cinco eixos de debates:
- Eixo 1: Financiamento das Políticas Públicas para Ampliação e Garantia dos Direitos Sociais;
- Eixo 2: Fortalecimento de políticas para a proteção à vida, à saúde e para o acesso ao cuidado integral da pessoa idosa;
- Eixo 3: Proteção e enfrentamento contra quaisquer formas de violência, abandono social e familiar da pessoa idosa;
- Eixo 4: Participação social, protagonismo e vida comunitária na perspectiva das múltiplas velhices;
- Eixo 5: Consolidação e fortalecimento da atuação dos conselhos de direitos da pessoa idosa como política do estado brasileiro.
Dentre os principais temas, o objetivo da conferência é promover a participação social para a proposição de ações que visem a superação de barreiras ao direito de envelhecer e à velhice digna e saudável. A identificação e desafios do envelhecimento plural no país, tanto nos instrumentos legais quanto nas práticas exercidas, para a promoção e defesa dos direitos da pessoa idosa. Propor ações de equidade para a defesa, a promoção e a proteção dos direitos e da cidadania de pessoas idosas, a partir da articulação interfederativa. “A participação ativa da sociedade e o fortalecimento das políticas públicas são fundamentais para assegurar o envelhecimento com dignidade, respeito e igualdade de direitos para todos os idosos. Incentivar a participação social e valorizar a cultura e diversidade dos idosos são passos essenciais para construir uma cidade mais inclusiva para todas as idades”, reforça a Secretária de Assistência Social Inês das Graças Salmória.
Dados nível Brasil com relação ao IBGE
A população brasileira com 60 anos ou mais passou de 15,2 milhões para 33 milhões de pessoas em pouco mais de duas décadas, representando 15,6% da população total. Segundo uma projeção do IBGE, o país pode ter 75,3 milhões de pessoas idosas em 2070, quando os representantes desta faixa etária chegaram a ser 37,8% do total da população. De acordo com o Censo Demográfico de 2022, a população total do Brasil é de aproximadamente 203 milhões de pessoas. Deste total, cerca de 160.784 idosos vivem em instituições de longa permanência, como asilos.
É importante ressaltar que o aumento da população idosa traz desafios e oportunidades, exigindo políticas públicas e ações voltadas para a garantia da qualidade de vida e bem-estar dessa parcela da população.
Texto: Samuel Gonçalves
Fotos: Marcos Heitor de Carvalho / Samuel Gonçalves / Ana Paula Ribeiro