Livros transformam espera em oportunidade de reflexão e conhecimento no Fórum de Lages

Por Luiz Del Moura

Projeto ‘Poder das Páginas’ oferece inúmeros tipos de leitura

No Fórum da comarca de Lages, o projeto chamado “Poder das Páginas” tem despertado olhares e curiosidades. Ali, logo na entrada, uma estante com diversos livros convida os visitantes e servidores a desacelerar. Em meio à espera e à agitação do dia a dia, surge a chance de mergulhar em histórias. Enquanto os celulares permanecem guardados, os livros ganham vida.

Quem aguarda por atendimento ou por alguém tem a possibilidade de escolher um título que mais agrada ou uma capa que lhe chame a atenção. Além de uma distração enriquecedora, o projeto faz um convite ao resgate do hábito silencioso de ler. Aos poucos, visitantes e servidores descobrem que, ali, existe uma infinidade de bons títulos.

A autônoma Inalva Aparecida Pereira tinha nas mãos uma obra que mistura humor e poesia. No livro “O menino no espelho”, o leitor se vê refletido no personagem e isso faz com que reflita sobre que memórias e sonhos de infância ainda o motivam. Inalva se prendeu já nas primeiras páginas. “Achei muito interessante. Deu vontade de levar para casa. Não tenho o costume de ler, mas percebi que esse momento faz a gente esquecer os problemas”, conta.

Sentada ao lado de Inalva estava a nora, Julia Silva de Liz. Por alguns instantes, a estudante substituiu as redes sociais pelas páginas do livro. “Achei essa ideia muito bacana. Tem tipos de leitura para todo mundo”. Acostumada a ler a bíblia, a dona de casa Silvana de Barros desta vez foi atraída por uma capa amarela com letras vermelhas que dizem: “Pare de reclamar e concentre-se nas coisas boas”. O texto sugere a adoção de uma postura positiva. “A leitura distrai e a gente não vê o tempo passar”, diz.

O “Poder das Páginas” é recente na comarca e surgiu da manifestação de interesse dos próprios servidores em ler os livros arrecadados em outras campanhas. A estante está no hall do Fórum Nereu Ramos. Fica à direita para quem entra no prédio, na entrada do Salão do Júri. O local é de fácil acesso e visibilidade aos servidores e visitantes que desejarem ler. As pessoas podem doar, deixar como empréstimo e pegar qualquer volume que lhes interesse. O intuito é fazer com que os livros que estão em casa e já não são lidos circulem entre os novos leitores.

NCI/TJSC – Taina Borges

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