Projeto Saco Verde orienta famílias sobre a correta destinação dos resíduos orgânicos

Por Luiz Del Moura

A responsabilidade compartilhada garante um meio ambiente mais sustentável para todos e uma cidade mais limpa e organizada

O projeto Experiência Acompanhada de Separação – Saco Verde, desenvolvido pela Secretaria de Serviços Públicos e Meio Ambiente, promove a conscientização das pessoas quanto à destinação correta dos resíduos orgânicos, através da separação e compostagem. Neste mês do Meio Ambiente, proposto pela Prefeitura de Lages, alusivo ao dia 5 de junho, quando é celebrado o Dia Mundial do Meio Ambiente, as ações serão intensificadas.Moradores do bairro São Paulo, São Francisco, Vila Comboni, Petrópolis, famílias da Associação Lageana de Assistência aos Menores (Alam), com sede no bairro Caravágio, participam do Projeto Saco Verde. Neste mês será ampliado também para os moradores do bairro Vila Mariza e familiares dos alunos da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae). O projeto conta com o apoio da Secretaria Municipal de Águas e Saneamento (Semasa) para o planejamento e expansão.

O trabalho inicia com orientações sobre a destinação adequada dos resíduos produzidos pelas pessoas, conduzindo à cultura da compostagem. “As sobras orgânicas domésticas fazem parte do ciclo do alimento e devem voltar para a terra em forma de adubo, e os materiais secos e limpos que tem mercado de reciclagem podem voltar para a indústria como matéria prima como papéis, latas, vidros e plásticos diversos”, explica a coordenadora e diretora de Meio Ambiente da prefeitura, Silvia de Oliveira.

Os moradores respondem também a um questionário breve sobre seus hábitos e tem a oportunidade de aderir ao projeto piloto “Saco Verde”. Os moradores recebem até cinco unidades de sacos nos quais devem colocar apenas materiais recicláveis secos e limpos como plásticos, vidros, papéis e metais.

Lideranças locais auxiliam no trabalho de orientação e distribuição dos sacos

Seu João e dona Jaci são catadores do bairro São Paulo e São Francisco e fazem o recolhimento destes materiais em galpão anexo à sua casa. Eles fazem a triagem dos recicláveis para venda à empresa local.

Antes do envolvimento da comunidade seu João relata que tinha muita dificuldade, pois o material era pouco e muito misturado. Conseguia entregar duas cargas no ano, sendo que agora consegue até três cargas ao mês, com adesão não só dos moradores que entregam para ele, mas também de empresas do bairro. “Seu João e dona Jaci são exemplos de empreendedorismo, capricho e dedicação pois fazem um trabalho de agentes ambientais, pois não só recolhem e entregam o material a reciclagem como fiscalizam os moradores e orientam para que melhorem seu comportamento diariamente”, comenta Silvia.

O apoio da Associação de Moradores na divulgação, orientação e motivação dos moradores foi muito importante. “Ampliar esta reciclagem, separando os resíduos domésticos produzidos e desviando do aterro sanitário os recicláveis com potencial econômico – matéria prima para a indústria e devolvendo pra terra as sobras orgânicas da cozinha fazendo compostagem, é uma oportunidade de fazer parte da solução do problema do lixo e não ser o problema”, diz a coordenadora.

Ecoponto para recolhimento de lixo reciclável

A Secretaria de Serviços Públicos e Meio Ambiente tem um Ecoponto disponível na entrada, próximo da guarita para a comunidade deixar seus materiais recicláveis limpos. Estes serão recolhidos pela Cooperlages assim como os materiais disponibilizados nos contentores azuis exclusivos para reciclagem.

Os servidores da Secretaria de Serviços Públicos e Meio Ambiente estão sendo estimulados a separar seus recicláveis através do projeto Saco Verde. Eles receberam cinco unidades de sacos nos quais devem colocar apenas materiais recicláveis secos e limpos como plásticos, vidros, papéis e metais e devem trazer para o Ecoponto, contentor azul ou entregar para um catador, o que lhe for mais conveniente. “Desta forma estarão evitando que materiais com potencial econômico, social e ambiental sejam enterrados e causem poluição e gastos para a municipalidade. O lixo de uns é luxo de outros, nos disse um catador, pois com o dinheiro da reciclagem ele sustenta sua família, paga as suas contas e os materiais voltam para a indústria enquanto matéria prima, evitando-se o corte de árvores, retirada de minérios do solo, etc”, comenta Silvia.

 

Texto: Aline Tives

Fotos: Divulgação/Secretaria de Serviços Públicos e Meio Ambiente

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