Estudante viraliza nas redes sociais e colabora com a criação do “Selo Escola Amiga do Autista”

Joaquim Masiel protagoniza movimento por inclusão após bullying e agressões

Por Claudio Santos

Após um relato comovente viralizar nas redes sociais, a história de Joaquim Masiel, um estudante de apenas 8 anos, trouxe à tona a urgência de medidas concretas para promover a inclusão de alunos com Transtorno do Espectro Autista (TEA) nas escolas de Santa Catarina.

Diagnosticado com Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) e autismo nível 1, Joaquim compartilhou suas experiências dolorosas, destacando os desafios enfrentados diariamente por crianças como ele: o preconceito e a falta de apoio. “Eu ouvi coisas de adultos na escola, coisas que ninguém deveria ouvir. Sofri muito com pessoas que me machucavam e objetos que eram jogados em mim”, revelou.

Seu relato emocionante ressaltou a importância de uma educação inclusiva, que acolha e respeite a diversidade de cada aluno. Em resposta, o deputado Lucas Neves (Podemos) convidou Joaquim para protocolar na Assembleia Legislativa um Projeto de Lei para criar o “Selo Escola Amiga do Autista”.

“A nossa proposta já estava pronta. Foi uma sugestão da neuropsicóloga Vivian de Oliveira, de Lages. Depois de ouvir o relato de Joaquim, decidi conhecer ele e sua família. Na conversa com eles, tivemos a ideia de incluir a cartilha para escola receber o selo, para que a educação seja usada em prol da inclusão, conforme pediu o Joaquim”, afirmou o parlamentar.

Para obter o selo, as instituições de ensino deverão adotar uma série de medidas, incluindo apoio educacional e social aos alunos com TEA, capacitação contínua dos professores, realização de campanhas de conscientização e criação de espaços de acolhimento sensorial. O projeto estabelece objetivos claros, como promover a inclusão, conscientização e apoio aos alunos com TEA, evidenciando um compromisso com a diversidade e a igualdade educacional.

“Inclusão não é apenas chegar na escola, é fazer dela um lugar onde todos se sintam em casa, valorizados por quem são e respeitados por suas diferenças”, enfatizou Neves.

O Projeto de Lei agora passará pelo processo de tramitação no Legislativo, onde será analisado pelas Comissões e submetido à votação em plenário.

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