Acic quer rapidez na recuperação da BR-282

Por Luiz Del Moura

Agilidade na licitação para contratação da empresa que fará o projeto de duplicação da BR-282 é o que está reivindicando ao Ministério dos Transportes a Associação Comercial, Industrial, Agronegócio e Serviços de Chapecó (ACIC).

O presidente Helon Rebelatto observa que a recuperação total e a duplicação da rodovia federal tornaram-se necessidades urgentes para a economia de Santa Catarina. O Ministério dos Transportes anunciou que faria a licitação para contratação do projeto de duplicação da BR-282 no trecho de São Miguel do Oeste a Lages, ligando o extremo-oeste com o planalto catarinense.

“A promessa ficou só no papel”, reclama Rebelatto. O dirigente aponta que a  urgência desse projeto é um consenso entre técnicos, usuários e gestores públicos, porque se constitui em condição sine qua non para a posterior contratação da obra. “Ocorre que essa licitação vem sendo indefinidamente procrastinada, para o desespero de toda a economia catarinense” .

A BR-282, construída entre 1960 e 1975 e projetada para cortar o Estado de leste a oeste, é a espinha dorsal do sistema rodoviário catarinense. É essencial para a integração territorial do Estado e, em especial, para o escoamento da vasta produção agroindustrial do oeste de Santa Catarina aos portos e aos grandes centros brasileiros de consumo. Por ela transitam milhões de dólares em produtos exportáveis, que asseguram as divisas das quais o país precisa para sustentar seu desenvolvimento.

 “A única solução para a BR-282 é a duplicação da rodovia”, sustenta o empresário, lembrando que a situação da via provoca acidentes diários com perda de dezenas de vidas que enlutam muitas famílias a cada mês e, ainda, astronômicos prejuízos econômicos para empresas e para o país.

APAGÃO LOGÍSTICO

A BR-282 está para Santa Catarina assim como a BR-101 está para o Brasil. Para o oeste do Estado a rodovia é vital. Tamanha é a importância desta rodovia para o desenvolvimento e crescimento sustentável do nosso Estado onde cerca de 700 mil suínos/mês e 67 milhões de aves/mês (carga viva) são conduzidos às agroindústrias; sete em cada dez toneladas de carne suína e de aves exportadas pelo Brasil saem do oeste catarinense.

            “Depreende-se com facilidade que Santa Catarina está  próximo de um apagão logístico em face do péssimo estado do sistema viário. As más condições das rodovias encarecem o transporte, retirando dos produtores rurais e das indústrias a competitividade para disputar os mercados nacional e internacional”, alerta Rebelatto.

            O presidente da ACIC lembra o estudo da Federação das Indústrias que aponta que nas áreas de produção agropecuária (oeste, extremo-oeste e região do Contestado) a situação dos 1.265 km de rodovias federais e estaduais ali existentes é de precariedade.  As rodovias federais BR-282, BR-163 e BR-158 estão esgotadas e em más condições de conservação. Acrescente-se a BR-470 – que interliga a BR-282 (e o grande oeste) com a BR-101 e os portos catarinenses – que reclama duplicação, pois está exaurida em sua capacidade de escoamento.

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