Equipe técnica visita Corredor das Tropas e local da primeira fundação de Lages

Por Luiz Del Moura

Duas semanas depois de Lages completar 258 anos de fundação, uma das maiores pesquisadoras do Caminho das Tropas com várias publicações, Ana Lúcia Herberts, visitou nessa terça-feira (12), o local da primeira fundação da cidade. Acompanhada da assistente técnica do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), Ana Izabela Bertolo e da assessora de turismo da Amures, Ana Vieira, elas foram também a um dos pontos dos corredores das tropas, que foi motivo de recente polêmica pela depredação.

O motivo da visita técnica foi apenas verificar a situação dos locais que são sítios arqueológicos com grande potencial turístico. “Aqui foi o primeiro caminho que se materializou e formou a paisagem do Troperismo nos Campos de Lages. Esta estrada foi aberta no século XVIII com a função de facilitar o transporte das tropas de gado dos locais de criação para os centros consumidores ou distribuidores. E aqui temos vestígios arqueológicos remanescentes daquele período. Daí a importância da sua preservação”, explicou Ana Lúcia Herberts.

Localizada na propriedade de César Augusto Arruda, na Coxilha Rica, o sítio arqueológico do primeiro povoado de Lages está escondido dentro de um capão de mato e cercado por uma densa floresta de pinus. Remanescentes de taipas em forma de quadriláteros e vestígios de ancestrais nunca escavados, poderiam revelar o que de fato foram aquelas estruturas pioneiras associadas a fundação de Lages.

Ana Vieira lembra que os corredores das tropas da Coxilha Rica, ainda são as maiores formações do gênero no Brasil. “Se não preservarmos esses corredores e os sítios arqueológicos, estaremos perdendo o vínculo com nossa história, dos pioneiros e desbravadores que ergueram esses muros de pedras que são edificações extraordinárias”, comenta Ana Vieira.

Para a Ana Izabela Bertolo, a preservação dos corredores e sítios arqueológicos, ajudam a compreender como e porquê, o Caminho das Tropas e os corredores de muros de pedras foram construídos. “O Iphan não está aqui para engessar os sítios arqueológicos, mas para ajudar no processo de entendimento e preservação desse patrimônio que é de todos”, disse Ana Izabela Bertolo.

Elas estiveram também, no Corredor de Taipas da Boa Vista entre Painel e Lages. Local onde foi palco de atividades dos amantes de off-road e que resultou em danos nos muros de taipas. O corredor deverá receber uma melhoria de sinalização para evitar nossos episódios de depredação.

Texto e fotos: Onéris Lopes
Assessoria Comunicação Amures

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