Museu Histórico Thiago de Castro recebe mostra em homenagem aos povos indígenas

Por Revista Expressiva

O Museu Histórico Thiago de Castro recebe na próxima sexta feira (17 de setembro), a exposição/intervenção “minimonumento” em homenagem e memória à presença dos povos indígenas – guarani, kaingang e xokleng em Santa Catarina. Em Lages, a intervenção será em espaço público no calçadão Tulio Fiúza de Carvalho, a partir das 10h e a abertura da exposição no museu às 15h30 e permanecerá no até o dia 22 de outubro.

Durante os meses de agosto, setembro e outubro, Silfarlem Oliveira visita onze municípios para realizar o lançamento, inauguração e distribuição de “frascos/minimonumentos” da solução de limpeza corporal anticolonial Água De Colonial Caldas Dos Bororenos.

Em Lages será instalada uma vitrine temporária para abrigar a intervenção artística em forma de “frasco/minimonumento”. Para a instalação da vitrine expositora, estão sendo priorizadas arquiteturas e museus artísticos, culturais e históricos que resguardam arquivos, objetos e outros artefatos que narram a história da colonização (do Brasil Colônia ao Brasil República).

Para o artista, a proposta da intervenção é “Descolonizar os museus e os monumentos (patrimônios culturais/artísticos) e ativar a memória histórica a partir de um ponto de vista indígena”.  Silfarlem ressalta que se faz cada vez mais necessário refletir sobre a colonização: “Nosso objetivo é criar ações artísticas em contraponto as narrativas, monumentos e centenários coloniais que continuam sendo erguidos, mesmo depois do fim da era colonial e neocolonial, sem levar em conta a história dos povos originários”, pondera.

A ação artística foi selecionada pelo prêmio Elisabete Anderle de estímulo à cultura de Santa Catarina.

Um pouco sobre a História da Fórmula da Água De Colonial Caldas Dos Bororenos

Um produto duplamente estético: cosmético fito-energético anticolonial e intervenção artística em forma de minimonumento. A Água De Colonial Caldas Dos Bororenos possui em sua fórmula revulsiva e desintoxicante substâncias nativas com elementos históricos do passado e do presente. Seu conteúdo ativo existe desde antes de 1.500. As águas, as plantas e os povos ameríndios que aqui habitavam na era pré-colombiana são a essência desta proposição cosmética/artística anticolonial. As semelhanças com as tradicionais e populares “águas de colônia” não são gratuitas. Foram acrescentados à solução elementos anticoloniais (estéticos-sensoriais-descritivos) que transformam água de colônia em água de colonial (para combater as narrativas coloniais e o desenvolvimentismo predatório ainda operantes nos dias de hoje) e foi batizada com o nome de “Caldas Dos Bororenos” em homenagem aos povos indígenas que viviam na região da Serra Do Tabuleiro e utilizavam as águas termais do Rio Cubatão.

Quem é o caixeiro viajante?

Silfarlem Oliveira, artista propositor e caixeiro viajante, é doutor em Artes Visuais pela UDESC. Artista e pesquisador, pauta suas obras pela aproximação e tensionamento entre arte, cultura e ação política. Também integra, como pesquisador, a equipe da Sala De Escuta/Sala De Leitura ligada ao grupo de pesquisa proposições artísticas contemporâneas e seus processos experimentais (UDESC).

Serviço:

O que? Exposição/intervenção “minimonumento” em homenagem e memória à presença dos povos indígenas – guarani, kaingang e xokleng em Santa Catarina.

Quem? Silfarlem Oliveira, artista plástico e caixeiro viajante realizará a intervenção em 11 municípios do Estado

Quando? 17 de setembro às 10h no espaço público no calçadão Tulio Fiúza e

15h30 museu Thiago de Castro até 22 de outubro.

Onde? O Museu Histórico de Thiago de Castro e espaço público no calçadão Tulio Fiúza

 

Texto: Débora Fauzel

Fonte: press release de Silfarlem Oliveira

Fotos: Silfarlem Oliveira.

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