Feira do Peixe Vivo movimenta a Semana Santa em Lages

Por Luiz Del Moura

A chegada da Semana Santa aguçou a procura por peixes, cuja degustação faz parte do costume e tradição cristã nesta época do ano. Depois de dois anos sem a realização da Feira do Peixe Vivo, devido à pandemia da Covid-19, a Prefeitura de Lages, através da Secretaria Municipal de Agricultura e Pesca, retomou o evento. Esta edição é realizada durante os três dias que antecedem a Sexta-Feira Santa, dias 12, 13 e 14 de abril. A feira está concentrada em dois pontos: no estacionamento do ginásio Ivo Silveira e também em frente ao Mercado Público de Lages, das 8h às 18h, ou enquanto durarem os estoques.

Estão sendo vendidos peixes das espécies carpa (capim, húngara e cabeça grande), jundiá e tilápia, esta em menor quantidade. O preço é tabelado e custa R$16,00 o quilo, ou R$30,00 a unidade da carpa indiana, uma espécie colorida e muito saborosa.

Oito piscicultores da região, devidamente cadastrados junto à secretaria de Agricultura e Pesca, são fornecedores da feira. Segundo o secretário Thiago Henrique Cordeiro, a expectativa é de que seja comercializada grande quantidade de peixes, mantendo a média da última feira, quando foram vendidos cerca de 15 mil quilos. “Na feira temos peixe a um valor acessível para a comunidade, ajudando também os produtores da região que contam com a comercialização organizada pela prefeitura”, comenta.

Fila para garantir o peixe fresco

Logo cedo os consumidores já faziam fila em frente ao Mercado Público, para garantir a melhor posta de peixe. Os olhares curiosos eram para uma carpa prateada, de aproximadamente 15 quilos, a maior e mais pesada entre todos os que estavam expostos para venda. A senhora Ida de Fátima Silva de Oliveira veio do bairro Caroba, acompanhada de um neto e dois filhos. É a primeira vez que ela participa da feira e também aproveitou para conhecer o Mercado Público após a revitalização. “Achei tudo muito lindo, valeu a pena passar por aqui”, comenta.

Já o senhor Elizeu Santos Ouriques, do bairro São Francisco, não perde uma edição da feira. “Sempre que tem feira estou presente, pois é a única forma da gente garantir peixe mais barato que nos mercados. Aqui tem peixe fresco e graúdo, muito bom”, diz.

Um dos piscicultores presentes na feira era o senhor Célio Cezar Branco, do distrito de Santa Terezinha do Salto. Há mais de 30 anos no ramo e com dez hectares de açudes em sua propriedade, o que equivale a cem mil metros quadrados, conta com orgulho que é conhecido na região como o “rei do peixe”. “A primeira feira do peixe vivo em Lages eu fui um dos precursores. Tenho carpa de mais de 25 quilos em meus açudes. A feira é excelente oportunidade e ajuda a todos”, afirma.

Texto: Aline Tives

Fotos: Toninho Vieira

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