No último dia 30 de agosto de 2025, Lages viveu uma noite memorável. O Festival de Corais reuniu 18 grupos de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul e se tornou o primeiro grande espetáculo a ocupar novamente o palco do Teatro Marajoara, celebrando em grande estilo a temporada de reabertura.
O evento, que serviu como edição piloto para ajustes técnicos, emocionou o público e marcou o retorno de um dos maiores ícones culturais da Serra Catarinense. O palco do Marajoara, que por décadas recebeu estreias cinematográficas e apresentações memoráveis, volta a pulsar, unindo tradição e renovação. A abertura oficial com a Orquestra Sinfônica de Lages e a presença de autoridades será realizada no dia 14 de setembro no Teatro Marajoara.
Encontro de vozes e histórias
O Festival contou com apresentações de corais infanto-juvenis, municipais e de associações culturais. Entre os destaques estiveram o Coral da Orquestra Sinfônica de Lages, Coral da ALESC (Florianópolis), Coral Municipal de Capão da Canoa/RS, Coral Martin Luther (Lages), Coral Cantos da Serra (Urupema), Coral Cantares (Estação/RS), Coral Hansahoehe (Ibirama) e Coral Municipal de Urubici. Cada grupo interpretou três canções, valorizando a diversidade de estilos e encantando a plateia.
O maior palco da Serra em movimento
Fechado desde 2022, o Teatro Marajoara voltou a receber o público através da união da família do fundador, por meio da Mário Leopoldo Santos Empreendimentos, da produtora Somar Produções e Eventos, do Projeto Sons de Lages Programação Artística e de empresas apoiadoras via Programa de Incentivo à Cultura (PIC), como GTS do Brasil, Disauto e Polpa Papéis.
Construído em 1947 pelo arquiteto Wolfgang Ludwig Rau, o Marajoara é um marco da arquitetura art déco com elementos indígenas, símbolo da identidade cultural de Lages e tombado como patrimônio histórico municipal desde 1997. Agora, renasce como espaço vivo e democrático da arte.
Para Layla Campos, produtora da Somar Produções e Eventos e diretora geral do Teatro Marajoara, a reabertura comprova a força da mobilização coletiva. “Esse teatro pertence à cidade — e agora, ele está de volta para emocionar, inspirar e celebrar a cultura da Serra Catarinense.”