Com novo modelo de gestão de semáforos em análise, Lages poderá ter impactos positivos no trânsito

Por Luiz Del Moura

Primeiras mudanças estão em andamento e atendem a pedidos antigos da comunidade. Iniciativa aplicada nesta gestão pela Diretran pretende gerar resultados tanto na melhoria do tráfego urbano, quanto na segurança de motoristas e pedestres

Com o intuito de dar fluidez ao trânsito e reordenar de forma eficaz a sincronização dos semáforos da cidade, a Secretaria do Planejamento Urbano (Seplam), por meio da Diretoria Municipal de Trânsito (Diretran), deu início a avaliações técnicas e possíveis alterações em algumas ruas e avenidas no perímetro urbano de Lages.

O Diretor de Mobilidade Urbana da Seplam, Ricardo Fonseca Nerbass, explica que diversos estudos estão sendo feitos para embasar as novas definições. “Fomos buscar exemplos em outras cidades do estado e também na cidade de São Caetano do Sul, em São Paulo, onde a empresa que opera a central semafórica de Lages também presta serviço”, explica.

Neste primeiro momento, o objetivo é reduzir o tempo de espera dos motoristas nos horários de menor movimento, os chamados entre-picos. Os equipamentos, que até então funcionavam com dois planos semafóricos ao longo do dia, agora poderão ser ajustados para operar com diversos tempos de ciclo, ou seja, várias programações. Essa medida possibilitou, por exemplo, que um experimento fosse realizado no cruzamento da avenida Belisário Ramos com as ruas Nepomuceno Costa e Rio Grande do Norte. No local houve redução da espera nas filas em até 40%, ou seja, passando de 134 para 80 segundos entre a abertura de um e o fechamento dos demais.

Apesar da aparente simplicidade, a mudança é complexa, considerando as diversas variáveis envolvidas para alcançar o resultado desejado. “É preciso atentar para as particularidades de cada via, ao tráfego da região e aos horários em que se concentram maior ou menor número de veículos. A solução não pode ser padronizada, mas requer solucionar a mobilidade urbana como um todo. Essa era uma reclamação frequente em Lages, por isso seguiremos atuando”, pontua Nerbass.

O modelo é promissor e, à medida em que os resultados positivos se confirmarem, poderá ser estendido para mais pontos da cidade. A equipe técnica, junto aos agentes de trânsito, mantém o monitoramento constante para avaliar novos ajustes. “Importante destacar que não geramos qualquer custo extra para o Município. Sem novos gastos, apenas o uso da infraestrutura já existente é que passou a ser mais eficiente. Nossa avaliação inicial é de que estamos no caminho certo. O planejamento urbano integrado sustentável passa pela modernização da mobilidade”, avalia o secretário municipal do Planejamento Urbano, Malek Ráu Dabbous.

Quanto à continuidade dos estudos na área, até mesmo as possibilidades ofertadas pela Inteligência Artificial (IA) estão sendo consideradas, assim como estudos desenvolvidos em conjunto com alunos da Universidade do Planalto Catarinense (Uniplac) em Trabalho de Conclusão de Curso, a exemplo de outras pesquisas científicas que já auxiliaram na tomada de decisões em outras ocasiões.

Texto: Priscila Dalagnol
Fotos: Fábio Pavan e Diretran Lages/Divulgação

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