Comitiva do Poder Executivo de Sangão vivencia Projeto Lixo Orgânico Zero e Método Lages de Compostagem

Por Luiz Del Moura

Atrai interesses por seu mecanismo de fácil absorção de aprendizagem e desempenho a pequenos custos de investimento

Premiadas nacionalmente e referências internacionais, as iniciativas e mobilizações lageanas Projeto Lixo Orgânico Zero (LOZ) e Método Lages de Compostagem, desenvolvidas pela Secretaria de Serviços Públicos e Meio Ambiente, foram apresentadas a sete representantes da administração pública e Poder Legislativo de Sangão, município de aproximadamente 13 mil habitantes, situado na região Sul de Santa Catarina, ao longo do dia desta quarta-feira (29 de novembro). A motivação da visita são os resultados satisfatórios frente aos projetos de viés ambiental em Lages e, a consequência, poderá ser a sua implantação em Sangão. O roteiro de visitas começou a ser cumprido pela comitiva na manhã desta quarta, liderado pela coordenadora do Projeto, a diretora de Meio Ambiente, Silvia Oliveira, com a participação do prefeito de Sangão, Castilho Silvano Vieira.

A compostagem, experimentada como o processo de reciclagem do lixo orgânico, transforma a matéria orgânica encontrada no lixo em adubo natural, que pode ser usado na agricultura, em jardins e plantas, substituindo o uso de produtos químicos. O processo também contribui para a redução do aquecimento global.

O Projeto Lixo Orgânico Zero (LOZ) e Método Lages de Compostagem são dispositivos de educação ambiental relacionados aos desvios de resíduos orgânicos do aterro sanitário do município, com a finalidade de reaproveitamento com aplicação do adubo para o cultivo de hortas caseiras e escolares. Entre as temáticas abordadas estão a compostagem, a partir da correta e adequada destinação dos resíduos orgânicos, e o aproveitamento de materiais recicláveis, pois, com a retirada dos produtos orgânicos do ciclo do lixo restam os materiais recicláveis.

O método de minicompostagem, idealizado em 2005, como projeto de extensão do curso de Agronomia da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc), campus de Lages, todavia, desenvolveu-se de forma mais efetiva em 2012.

Ao todo, 111 instituições educacionais e socioassistenciais e empresas já foram alvos da prestação de orientações e ensinamentos a respeito da implantação do Projeto Lixo Orgânico Zero (LOZ). Escolas públicas e particulares, Centros de Referência de Assistência Social (Cras’s), Centros de Referência Especializado de Assistência Social (Creas’s), Centro de Atendimento Socioeducativo (Case), Presídio Masculino de Lages, empresas e hortas comunitárias firmaram termo de compromisso.

A Associação Lageana de Assistência ao Menor (Alam) foi um dos lugares escolhidos por ser a instituição de retomada mais recente do projeto de compostagem. Recebeu orientações em 2014 e recentemente passou pela reativação do processo.

Os locais visitados no decorrer da data são os seguintes

  • Centro de Educação Ambiental Ida Schmidt, localizado no Parque Jonas Ramos (Tanque), com exibição da estrutura disponibilizada ao conhecimento por instituições de ensino
  • Associação Lageana de Assistência ao Menor (Alam), em que houve a prática da compostagem na horta da entidade
  • Horta Comunitária do bairro Várzea, considerada horta modelo, mantida por lideranças comunitárias e moradores da região, com apoio da prefeitura
  • Horto Municipal das Flores, no bairro Caça e Tiro, responsável por executar e triturar os materiais de cobertura, que são os resíduos orgânicos resultantes do trabalho de manutenção com podas de árvores de outras plantas em espaços públicos, como jardins de paisagismo de parques, praças e canteiros, elementos estes essenciais para a cobertura de manto de locais que receberam a compostagem. São grama, folhas, galhos, serragem. Materiais devidamente ensacados e fornecidos no Horto das Flores
  • Estruturas públicas com experiências positivas na área da educação ambiental no bairro Santa Mônica
  • Escola Municipal de Educação Básica (Izidoro Marin), no loteamento Caroba
  • Centro de Referência de Assistência Social (Cras) V, no bairro Santa Mônica
  • Horta Comunitária do bairro Santa Mônica
  • Ecoponto do bairro Santa Mônica. Ecopontos são locais de entrega voluntária para coletar itens que não são mais utilizados pelas pessoas. Os contêineres são divididos por compartimentos e representados por cores diferentes para cada tipo de material a ser descartado, como, metal e alumínio, plástico, papel, vidro e eletrônicos

O recolhimento e destinação correta dos materiais são de responsabilidade da Cooperativa de Trabalho dos Catadores de Materiais Recicláveis de Lages (Cooperlages) e da empresa Eco Centro Sul, que trabalha com materiais eletrônicos descartados. Lages possui oito Ecopontos instalados em oito bairros e loteamentos: Sagrado Coração de Jesus, Copacabana, Araucária, Guarujá, Universitário, Santa Mônica, Bela Vista e Petrópolis

  • Residência de um casal de trabalhadores coletores de materiais recicláveis, João e Jaci, no bairro São Francisco, pessoas distribuidoras e recolhedoras dos denominados “sacos verdes”, em que devem ser depositados somente materiais recicláveis. São executores e fiscais desta conduta da população colaboradora e habitante dos bairros Vila Comboni, São Francisco e São Paulo
  • Centro de Educação Infantil Municipal (Ceim) Leonina Rodrigues da Costa, no bairro Vila Comboni
  • Orion  Parque Tecnológico. A Rede Catarinense de Centros de Inovação já conta com 15 Centros de Inovação em Santa Catarina

Texto: Daniele Mendes de Melo

Fotos: Nilton Wolff

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