Projeto Frutíferas Nativas é lançado em Lages

Projeto Frutíferas Nativas ensinará noções de qualidade alimentar e saúde com o cultivo de 300 mudas em 35 unidades do sistema municipal de ensino

Por Luiz Del Moura

Estimular a ingestão de frutas cultivadas nas características climáticas da Serra Catarinense, com aproveitamento do seu sabor para adotar e manter hábitos saudáveis de alimentação com um prato colorido e rico em fontes de vitaminas, minerais e fibras – compostos protetores, reguladores e antioxidantes às células. São bases para sucos, geleias, picolés, doces e bolos. Esta é uma das propostas do Projeto Frutíferas Nativas, em anúncio pela prefeitura de Lages na tarde desta quarta-feira (22 de setembro), sob o ensejo de provocar o senso crítico da comunidade em geral e, em especial, de crianças e adolescentes, relacionado ao uso de frutas e hortaliças para o bom funcionamento do organismo, sobretudo, aguçando o desfrute dos alimentos com consciência ao ser incrementada a merenda escolar.

A cerimônia de lançamento do Projeto teve como palco o Centro de Educação Infantil Municipal (Ceim)/Escola Municipal de Educação Básica (Emeb) Professor Trajano, localizados no bairro Conta Dinheiro, prestigiada por autoridades dos poderes Executivo e Legislativo, entre as quais, o vice-prefeito, Juliano Polese; secretário municipal da Agricultura e Pesca, Thiago Cordeiro; secretária da Educação, Ivana Michaltchuk, e a vereadora Katsumi Yamaguchi.

O primeiro plantio das espécies foi realizado por alunos do 3º ano do ensino fundamental. O paisagismo vai “fazer a alegria” de mais de 200 alunos de ambas as instituições educacionais do berçário I ao 5º ano.

A diretora da Emeb, Frida Ramos, comenta que, “as árvores vão ocasionar mais do que sombra aos estudantes, haverá conhecimento. Do 1º ao 5º ano (anos iniciais) será através da disciplina de Educação para a Sustentabilidade, e aos pequeninos (educação infantil – pré-escolar), de forma lúdica, com brincadeiras, dicas na sua linguagem de compreensão e banho de Sol”. O aluno Matheus Fernandes Fontoura, 9 anos, gostou da ideia de ter frutas fresquinhas dentro da Escola. “A gente planta com os amigos, isso é legal. E fruta é coisa boa.”

A Escola desenvolve o Projeto Lixo Orgânico Zero (LOZ) – Método Lages de Compostagem, horta (alface crespa, couve, rúcula, manjericão, cebolinha verde, salsinha e boldo) e flores cuidadas em pneus reciclados (suculenta, cravínea e azaleia). Ou seja, seu convívio com as causas ambientais é compromisso sólido. “O planejamento possui o conceito de doutrinar as pessoas com argumentos que ultrapassam a simples explicação de inserir frutas de alto valor nutricional na alimentação diária, é uma questão de longevidade e de se defender de doenças e viroses ao ter acesso de três a cinco porções de frutas por dia. Colaborar para educar ainda mais os habitantes de Lages acerca da saúde compõe um dos compromissos da prefeitura”, pronuncia o vice-prefeito, Juliano Polese.

O Frutíferas Nativas será exercitado nos espaços escolares de 35 unidades, com destinação perto de 300 mudas, e em algumas ruas, avenidas, praças e canteiros pertencentes ao município de Lages, bem como em propriedades de turismo rural com interesse em implantar árvores provenientes da região serrana para embelezamento e resgate cultural. A doação de mais de quatro mil mudas pela empresa Klabin e Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi), no decorrer dos meses de setembro e outubro, irá viabilizar a mobilização do Projeto por completo. São exemplares de araçá vermelho, guabiroba, guabiju, pitanga, uvaia, goiaba serrana e cereja gaúcha.

O Projeto

A execução do Projeto Frutíferas Nativas consiste em uma iniciativa desenvolvida entre as esferas pública e privada. A Secretaria da Agricultura e Pesca, em parceria com a Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural (Epagri), empresa Klabin e Apremavi, além do apoio das secretarias da Educação e do Desenvolvimento Econômico e Turismo, tem o desígnio de rebuscar a identidade e cultura regional a partir de experiências visuais, de contato e de sabores, remontando um pouco à história e ao conhecimento serrano. “Árvores frutíferas nativas espelham parte da riqueza da flora da nossa Serra Catarinense e se integram em qualquer ambiente. As crianças precisam saber que as frutas não nascem dentro de pacotes nos supermercados, têm de saber que são essenciais para a absorção e circulação do oxigênio, filtragem do ar, conservação da água. Irão poder brincar no pátio e comer as frutas direto do pé”, comemora o secretário da Agricultura e Pesca, Thiago Cordeiro.

Texto: Daniele Mendes de Melo

Fotos: Aline Borba e Toninho Vieira

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