O ferimento a tiros de um cidadão em uma academia em Lages e a concessão de segurança vitalícia para ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) repercutiram na sessão de quarta-feira (25) da Assembleia Legislativa.
“Poderia estar falando de uma tragédia, de uma chacina, um rapaz não queria revezar o aparelho, brigou com outro, o instrutor veio e o conteve, mas ele não se deu por vencido, foi em casa, pegou uma arma e voltou; entrou na academia caçando o instrutor para matar”, relatou Lucas Neves (Podemos), que exibiu no telão do Plenário as cenas da ocorrência.
Ação do policial penal elogiada
O deputado, por outro lado, elogiou a ação do policial penal Diego Rodrigues, que estava na academia e disparou um tiro no agressor armado. “Ele agiu de maneira legítima ao proteger aquelas pessoas, manteve o compromisso com a vida e evitou que tivéssemos lamentando uma tragédia”, avaliou Lucas, que criticou aqueles que desejam “apurar a conduta do policial” ou ponderam que “ele atirou para matar”.
Para o deputado, o comportamento foi exemplar e não deve ser questionado, ao contrário, o Poder Legislativo “precisa condecorá-lo”.
Críticas à segurança vitalícia para ministros do STF
Já o deputado Lunelli (MDB) reagiu indignado à concessão de segurança vitalícia aos ministros do STF, que se aposentam compulsoriamente aos 75 anos.
“O Supremo Tribunal Federal decidiu conceder segurança pessoal vitalícia aos seus ministros com o suor do trabalhador e do empreendedor brasileiro”, disparou Lunelli, que comparou a aposentadoria de um trabalhador à de um ministro do STF, que ultrapassa os R$ 44 mil mensais.
Custo Brasil em debate
Lunelli também criticou o chamado “custo Brasil” sobre a folha de pagamentos e garantiu que um salário de R$ 5 mil custa ao empregador R$ 9,6 mil. Entre as despesas adicionais, destaque para os 5% pagos ao Sistema S, enquanto os restantes 95% dizem respeito majoritariamente ao FGTS, ao INSS e à provisão para o 13º e férias anuais.
“O estado precisa ser mais enxuto, mais eficiente, mais justo, para proteger quem precisa, não quem já tem todas as regalias”, insistiu Lunelli.
UTI pediátrica do HU pode reabrir
Mário Motta (PSD) anunciou que a UTI pediátrica do Hospital Universitário, em Florianópolis, fechada desde maio de 2023, deve reabrir em breve. Segundo Motta, o acordo entre a entidade privada que dirige o HU e a Secretaria de Saúde (SES) possibilitará a convocação de profissionais para atuarem na UTI.
O parlamentar também destacou a falta que faz ao sistema de saúde o pleno funcionamento da Maternidade do HU, que não cumpre as metas contratuais acordadas com a SES, sobrecarregando a Maternidade Carmela Dutra.
“São R$ 55 mi ano, um contrato para atendimento básico, ambulatorial, de emergência, de urgência e de internações via SUS”, pontuou Motta, que elencou metas com cumprimento abaixo dos 30%.
Convite para audiências públicas
Sargento Lima (PL) convidou para duas audiências públicas que serão realizadas nos dias 30 de junho e 1º de julho próximos, na Alesc.
“A audiência do dia 30, proposta também pelo Jessé Lopes (PL), é exclusivamente para debater o suposto imunizante que muita gente chama de vacina e que tem desencadeado um problema em Santa Catarina para pais de crianças de cinco meses a cinco anos”, afirmou Lima, referindo à obrigatoriedade da vacinação contra à Covid 19.
Quanto à audiência do dia 1º, segundo Lima, será para discutir as invasões de terras no estado feitas pelo MST e pelos denominados povos originários.
“Todos estão convidados”, declarou.