Levar informações aos clientes e consumidores sobre o impacto socioambiental das marcas é a proposta da Lotsapp do Brasil, por meio da plataforma Eumostro, desenvolvida com o apoio do Programa Centelha. A plataforma oferece transparência ESG (sigla em inglês para Environmental, Social and Governance – conjunto de iniciativas adotadas pelas empresas para cuidar do meio ambiente, promover impacto social positivo e ter uma conduta corporativa ética), e atua também como uma ferramenta de marketing para as empresas.
A plataforma, desenvolvida pela Lotsapp, de Florianópolis, foi uma das propostas contempladas pela primeira edição do Programa Centelha, que está com inscrições abertas para novos projetos. Os interessados têm até sexta-feira, 25, para inscrever propostas no site www.programacentelha.com.br/sc
O Programa Centelha é realizado pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) e pela Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), em parceria com o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), o Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (Confap) e a Fundação Certi. Em Santa Catarina, é executado pela Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina (Fapesc).
Diferenciação das marcas
O cofundador e CEO da eumostro, Mateus Bonadiman, explica que a plataforma tem o objetivo de melhorar a experiência do consumidor, desde a decisão da compra ao descarte do produto, além de fornecer informações aos gestores de marketing para a tomada de decisão. “Neste novo mercado, as empresas que não têm seu impacto socioambiental percebido pelos clientes/consumidores tendem a vender menos e não fidelizar. O problema que resolvemos é a falta de percepção de transparência ESG das marcas, pois as informações da sua agenda ESG estão espalhadas em diferentes canais e o consumidor acaba ‘se perdendo’ no processo”, comenta.
A plataforma tem clientes como marcas de bens de consumo, fazendas geradoras de créditos de carbono e empresas de produção de energia limpa. O objetivo, segundo Bonadiman, é facilitar e padronizar a forma como as ações dentro da agenda ESG são entregues e percebidas pelos consumidores, diferenciando as marcas de propósito e impacto positivo.
Na construção da eumostro, o Programa Centelha teve um papel fundamental, segundo o CEO. “O Centelha ajudou a fomentar o desenvolvimento, tanto da plataforma, quanto do funil de atração e vendas. Quando iniciamos o programa não tínhamos clientes pagantes e agora, graças a todo apoio, já temos notas fiscais emitidas e clientes recorrentes que estão ajudando a validar a nossa solução”, salienta.
Incentivo à inovação
O presidente da Fapesc, Fábio Zabot Holthausen enfatiza que o principal objetivo do Programa Centelha é oportunizar a criação de novos negócios com foco em áreas estratégicas e na solução de demandas da sociedade catarinense. “A Fapesc estimula os empreendedores de todas as regiões de Santa Catarina a submeterem suas propostas para que tenhamos a inovação capilarizada por todo o estado”, ressalta.
Para a gerente de Tecnologia e Inovação da Fapesc, Gabriela Botelho Mager, o Centelha é um dos programas mais esperados pelo ecossistema e visa promover empreendimentos recém-criados ou que ainda serão abertos durante o processo de avaliação e seleção do edital.
“A primeira edição do programa foi um sucesso e, pela grande procura, ampliamos o número de propostas a serem selecionadas, para 50, além de incluir uma bolsa cada. Nosso objetivo é selecionar as propostas de produtos ou processos com maior potencial inovador, que incorporem novas tecnologias, mesmo que os projetos ainda estejam em fase inicial de uma ideia. Sendo selecionado, o beneficiário passará por capacitações para o desenvolvimento de seu empreendimento”, explica Gabriela.