Workshop Interestadual do queijo artesanal serrano é realizado em Lages

Por Luiz Del Moura

“Nós, portanto, temos uma identidade, e o Turismo e os produtores rurais têm muito a ganhar com o queijo artesanal e o mel de bracatinga, por exemplo, sem falar dos vinhos de altitude, entre outros produtos de Identificação Geográfica” – secretário Pedro Donizete de Souza

Produtores de queijos (queijeiros) dos três estados Sul do Brasil, técnicos da Epagri/Cidasc e da Secretaria Estadual de Agricultura e Agropecuária de Santa Catarina participaram, nesta quarta-feira (4 de novembro), em Lages, do “Workshop Interestadual do queijo artesanal, rotas de sabores e oportunidades”.

Prestigiaram o evento o secretário municipal de Agricultura, Pecuária e Pesca, da Prefeitura de Lages, Pedro Donizete de Souza e o assistente de Gabinete da Secretaria Estadual de Agricultura e Pecuária, de Santa Catarina.

O Queijo Artesanal Serrano (QAS) tem Identificação Geográfica (IG), sendo produzido na área conhecida como Campos de Cima da Serra, abrangendo uma série de municípios de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul. “Nós, portanto, temos uma identidade, e o Turismo e os produtores rurais têm muito a ganhar com o queijo artesanal e o mel de bracatinga, por exemplo, sem falar dos vinhos de altitude, entre outros produtos de Identificação Geográfica”, destacou Pedro Donizete de Souza.

Paulo Arruda, citando as associações Aprosserrra (regional) e a Arte Queijos (estadual) disse que dentro do contexto de políticas públicas para o setor, é preciso conectar o Queijo Artesanal Serrano aos demais eventos promovidos pela Secretaria Estadual da Agricultura e Agropecuária, não só como meio de divulgação do produto, mas sobretudo para marcar a “identidade geográfica” dessa cadeia produtiva e alto valor cultural e econômico.

O evento, realizado no Núcleo de Médicos Veterinários do Planalto Serrano, dividiu-se em dois painéis e debates. Pela manhã, a partir das 10h15, o tema foi a Regularização da Queijaria e a Força da Indicação Geográfica (IG), com o médico veterinário Marcelo Pedroso abordando a questão Regularização em Debate: desafio ou oportunidade?

Questão relacionada aos custos de adequação X ganho em segurança, acesso a mercados e valorização territorial. Neste contexto, a zootecnista Caroline Maciel avaliou, por exemplo, o “Mel de Bracatinga”, produto já consolidado e regularizado, numa dinâmica estrutural de desafios e conquistas do Conselho Regulador no Planalto Sul Brasileiro. O debate deste primeiro painel, foi mediado pela técnica da Epagri Telma Koene.

O segundo painel e debate, durante a tarde de quarta-feira (4), versou sobre “Mercado e Turismo”. Relacionado a este tema, a empresária (queijista) Andressa Wagner, proprietária da Queijos da Vila, em Blumenau analisou a relação “Queijista, Queijeiro e Consumidor” e as questões de divulgação do produto e da identidade territorial como pontes entre queijeiro e consumidor.

O técnico do Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná, Sidney Aurélio Valeriano, palestrou sobre a “Rota do queijo no Paraná – um percurso de tradição e inovação que conecta produtores, turismo e cultura, gerando desenvolvimento territorial”. O debate foi mediado pela técnica da Epagri Katiucia Vizentainer.

Por fim, os técnicos da Epagri Aziz Abou Hatem e Ana Paula abordaram as Perspectivas e desafios dos queijos artesanais catarinenses.

Intercâmbio interestadual

No dia 5 de novembro, um grupo de queijeiros catarinenses e de técnicos agropecuários visitou duas queijarias do município de Bom Jesus-RS, onde se reuniu também com técnicos e extensionistas riograndenses.

Texto e fotos: Iran Rosa de Moraes

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