“Nós, portanto, temos uma identidade, e o Turismo e os produtores rurais têm muito a ganhar com o queijo artesanal e o mel de bracatinga, por exemplo, sem falar dos vinhos de altitude, entre outros produtos de Identificação Geográfica” – secretário Pedro Donizete de Souza
Prestigiaram o evento o secretário municipal de Agricultura, Pecuária e Pesca, da Prefeitura de Lages, Pedro Donizete de Souza e o assistente de Gabinete da Secretaria Estadual de Agricultura e Pecuária, de Santa Catarina.
O Queijo Artesanal Serrano (QAS) tem Identificação Geográfica (IG), sendo produzido na área conhecida como Campos de Cima da Serra, abrangendo uma série de municípios de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul. “Nós, portanto, temos uma identidade, e o Turismo e os produtores rurais têm muito a ganhar com o queijo artesanal e o mel de bracatinga, por exemplo, sem falar dos vinhos de altitude, entre outros produtos de Identificação Geográfica”, destacou Pedro Donizete de Souza.
Paulo Arruda, citando as associações Aprosserrra (regional) e a Arte Queijos (estadual) disse que dentro do contexto de políticas públicas para o setor, é preciso conectar o Queijo Artesanal Serrano aos demais eventos promovidos pela Secretaria Estadual da Agricultura e Agropecuária, não só como meio de divulgação do produto, mas sobretudo para marcar a “identidade geográfica” dessa cadeia produtiva e alto valor cultural e econômico.
O evento, realizado no Núcleo de Médicos Veterinários do Planalto Serrano, dividiu-se em dois painéis e debates. Pela manhã, a partir das 10h15, o tema foi a Regularização da Queijaria e a Força da Indicação Geográfica (IG), com o médico veterinário Marcelo Pedroso abordando a questão Regularização em Debate: desafio ou oportunidade?
Questão relacionada aos custos de adequação X ganho em segurança, acesso a mercados e valorização territorial. Neste contexto, a zootecnista Caroline Maciel avaliou, por exemplo, o “Mel de Bracatinga”, produto já consolidado e regularizado, numa dinâmica estrutural de desafios e conquistas do Conselho Regulador no Planalto Sul Brasileiro. O debate deste primeiro painel, foi mediado pela técnica da Epagri Telma Koene.
O segundo painel e debate, durante a tarde de quarta-feira (4), versou sobre “Mercado e Turismo”. Relacionado a este tema, a empresária (queijista) Andressa Wagner, proprietária da Queijos da Vila, em Blumenau analisou a relação “Queijista, Queijeiro e Consumidor” e as questões de divulgação do produto e da identidade territorial como pontes entre queijeiro e consumidor.
O técnico do Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná, Sidney Aurélio Valeriano, palestrou sobre a “Rota do queijo no Paraná – um percurso de tradição e inovação que conecta produtores, turismo e cultura, gerando desenvolvimento territorial”. O debate foi mediado pela técnica da Epagri Katiucia Vizentainer.
Por fim, os técnicos da Epagri Aziz Abou Hatem e Ana Paula abordaram as Perspectivas e desafios dos queijos artesanais catarinenses.
Intercâmbio interestadual
No dia 5 de novembro, um grupo de queijeiros catarinenses e de técnicos agropecuários visitou duas queijarias do município de Bom Jesus-RS, onde se reuniu também com técnicos e extensionistas riograndenses.
Texto e fotos: Iran Rosa de Moraes