Troco solidário: Fort Atacadista destina R$ 34 mil para o Programa Viver

Por Luiz Del Moura

Construir sonhos e formar uma “geração mais feliz do que a nossa”. Para o presidente voluntário do Programa Viver, Eduardo Schwartz, é essa a meta que o motiva a arrecadar cada vez mais recursos e a potencializar as ações de um projeto de inclusão, educação, qualidade de vida e de um futuro melhor para crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social e suas famílias. Com o intuito de apoiar a concretização desse propósito, o Fort Atacadista de Chapecó destinou mais de R$ 34,6 mil para a entidade. O montante foi obtido durante o segundo semestre de 2023, por meio da campanha Troco Solidário (iniciativa do Grupo Pereira, proprietário da bandeira Fort Atacadista), e repassado em fevereiro deste ano.

Ser um agente positivo de mudança é o que inspira o Grupo Pereira. Por meio do Troco Solidário, a empresa do setor varejista mobiliza colaboradores e a comunidade para ajudar quem precisa. “O resultado que obtivemos com o programa reforça a importância de olharmos com carinho para projetos que promovem transformação e cativam e engajam a sociedade. Juntos atendemos mais de 500 instituições e arrecadamos mais de R$ 19 milhões. Mas isso só é possível graças ao apoio dos nossos clientes, que doam o valor do troco de suas compras. O Troco Solidário é um exemplo de como a soma de esforços pode impactar a vida das pessoas. Ao todo, já foram beneficiadas mais de 300 mil”, realçou a gerente nacional de Comunicação Corporativa e ESG do Grupo Pereira, Simone Cotta.

Os elos entre a instituição beneficiada e o programa de responsabilidade social do Fort Atacadista são a união e a transformação. “Quando somamos força, conquistamos maiores resultados. O Troco Solidário é a prova disso. Nosso papel é somente mediar a ação, porque a verdadeira protagonista é a comunidade. Graças a empatia, o respeito e a vontade dos nossos clientes de construir um mundo melhor foi possível auxiliar o Programa Viver. Foi a doação de cada consumidor que fez a diferença, tanto para os jovens atendidos pela entidade quanto para a população, que conta com esse trabalho tão importante para o futuro de Chapecó e região”, destacou o gerente de loja do Fort, Juliano Guarezi.

Schwartz explicou que ações como a do Fort Atacadista são essenciais para o projeto e ultrapassam os investimentos do espaço físico. Para ele, são os recursos de iniciativas como o do Troco Solidário que permitem à entidade incentivar e transformar os propósitos das 183 crianças e adolescentes atendidos. “Em um primeiro momento, achamos pertinente apoiar sonhos. Mas não discutimos de que maneira sustentar essa intenção. Acompanhando de perto a realidade dos jovens, observamos e questionamos qual era a perspectiva de futuro deles. Percebemos que muitos não tinham um objetivo definido ou pior, pretendiam se aventurar em terrenos obscuros.  Logo, consideramos indispensável redefinir o conceito de ‘sonho’. Com essa nova releitura, tivemos um motivo ainda mais forte para apoiá-los”.

Uma dinâmica que inspirou as pessoas atendidas pelo programa a repensar o significado de sonho foi levá-los para um hotel e propiciar um momento especial de interação e de experiências gastronômicas. “Nosso intuito foi oportunizar o acesso. Quantas dessas crianças e adolescentes, em situação de vulnerabilidade social, terão essa chance? Ao conhecerem novos espaços e outras realidades, eles criarão novas perspectivas e estaremos aqui para incentivá-los. Eles podem um dia querer trabalhar no hotel ou, por meio de sua profissão e viagens pessoais, se hospedar em hotéis. Queremos alimentar as intenções deles e mostrar que é possível. Estudar, ser resiliente, comprometido e responsável é o caminho. Quanto mais demonstrarmos isso, mais essa ideia vai incutir o pensamento deles. Agora, o próximo projeto é levá-los de avião para Florianópolis. Eles nunca olharam o mundo lá de cima. É outro meio de estimular novas aspirações. Essa é a importância dos recursos que recebemos de outras instituições, como o Fort Atacadista”, apontou Schwartz.

QUEM ACESSA O PROGRAMA

            Participam do Programa Viver crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social encaminhadas pelo Centro de Referência de Assistência Social (CRAS). “Todos têm um grande motivo para imergir no projeto, não necessariamente financeiro, mas também por contextos de violência doméstica, envolvimento com drogas ou outras circunstâncias.  Ao ingressar no Viver os jovens melhoram seu convívio coletivo por meio da orientação de psicólogas, das dinâmicas realizadas em grupos e do apoio de outros profissionais e referências que a longo prazo impactam positivamente em suas trajetórias. Nosso maior objetivo é torná-las pessoas prósperas e felizes, quebrando ciclos viciosos e crenças limitantes”, ressaltou o presidente.

OFICINAS

Para fortalecer ainda mais o propósito de estimular novos sonhos, o Programa Viver oferta oficinas educativas e gratuitas no contraturno escolar. Ao todo, são 16. Entre elas, dança, rádio, judô, educação física e artes visuais. As capacitações são realizadas por instrutores, parceiros e profissionais credenciados à Prefeitura de Chapecó. “Para oportunizar experiências diferentes, precisamos manter a estrutura, desde a alimentação até a manutenção básica da instituição, como água, luz, telefone e a mão-de-obra dos instrutores e da equipe administrativa. Uma parte dos recursos vem da Prefeitura, mas para atender nossa demanda e elevar a qualidade de nossas ações, precisamos mais. Conseguimos atingir nossas metas somente por meio de eventos de arrecadação e graças a solidariedade da comunidade e das entidades que se mobilizam em prol ao programa”, afirmou Schwartz.

PROJETO A LONGO PRAZO

Conforme o presidente, o plano futuro do Programa Viver é expandir o projeto para outros bairros de Chapecó. “Precisamos ter mais profissionais. Para criarmos outras filiais, é necessário reforçar a equipe, ter uma organização primorosa e manuais de procedimentos que orientem e facilitem a conduta profissional, por exemplo, instruções padronizadas sobre o que fazer quando alguém fica doente. É importante estarmos cada vez mais preparados para prestar todo tipo de suporte. Para chegarmos mais perto desse objetivo, também adotamos uma política de governança ambiental, social e corporativa (Environmental Social Governance)”, salientou o presidente ao explicar que essa é uma forma de monitorar os trâmites internos, fortalecer a missão da instituição, oferecer uma segurança ainda maior para os parceiros e almejar um selo de responsabilidade social para as empresas que apoiarem o trabalho.

TROCO SOLIDÁRIO

Desde sua criação em 2007, o programa Troco beneficia centenas de instituições filantrópicas por meio da doação de recursos arrecadados com o arredondamento de troco nas lojas das redes Fort Atacadista e Comper. Para participar, basta que o cliente opte por doar o troco ao final de suas compras. O total do valor arrecadado é doado a entidades locais.

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