Apadrinhamento afetivo, com aval da Justiça, retoma aproximação com jovens acolhidos

Por Luiz Del Moura

O projeto de apadrinhamento afetivo em Lages foi retomado em julho deste ano, depois de uma pausa por conta do período de pandemia. Recentemente, o juízo da Vara da Infância e Juventude deferiu o pedido de padrinhos e madrinhas para oferecer vínculos de afeto com crianças e adolescentes que vivem em instituições de acolhimento na cidade. O Clube Soroptimista também foi habilitado a desenvolver um projeto com o intuito de despertar ideias, promover a integração, autodescoberta de habilidades e competências com meninas acolhidas.

Instituído pela Portaria n. 6/2017 da comarca local, o projeto é desenvolvido pela Secretaria Municipal de Assistência Social em parceria com o Poder Judiciário. Há quatro meses, a secretaria retomou o projeto com a sensibilização de novos padrinhos e madrinhas afetivos, provedores ou prestadores de serviços. Alguns se inscreveram, passaram por capacitação de quatro dias, na qual foram instruídos a tornar a experiência do apadrinhamento saudável e prazerosa.

Depois desta fase, a equipe técnica da secretaria os entrevistou para confirmar a compreensão e reafirmar o desejo dessas pessoas em se tornarem padrinhos. De outro lado, crianças e adolescentes também foram instruídas em relação à experiência de conviver com uma família que não é a sua de origem. Com a autorização do Judiciário, os dois grupos podem iniciar, de fato, essa aproximação e fortalecer a convivência. Ao todo, estão aptos oito padrinhos afetivos, além do clube prestador de serviço.

O juiz Ricardo Alexandre Fiúza lembra que as crianças a serem apadrinhadas quase sempre têm mais idade, poucas chances de voltar para casa e oportunidades remotas de adoção. “É importante lembrar que o apadrinhamento, em suas modalidades, consiste em estabelecer e proporcionar à criança e ao adolescente vínculos externos à instituição para fins de convivência familiar e comunitária e colaboração com o seu desenvolvimento nos aspectos social, moral, físico, cognitivo, educacional e financeiro”, reitera o magistrado.

Em Lages, mais informações sobre Apadrinhamento Afetivo podem ser obtidas com o setor de Alta Complexidade da Secretaria de Assistência Social pelo telefone 49 3019 7460 ou e-mail protecaoalta.sas@lages.sc.gov.br.

Taina Borges – NCI/TJSC – foto Pixabay

Leia também

Deixe um comentário

15 + six =