Esclerose múltipla em pauta na Câmara de Vereadores

Por Luiz Del Moura

 Atendendo ao requerimento 164/2022, de autoria da vereadora Prof.ª Elaine Moraes (Cidadania), o Poder Legislativo de Lages promoveu sessão especial na noite de quinta-feira (25), tendo como tema a esclerose múltipla, doença inflamatória crônica que afeta milhares de brasileiros.
Os trabalhos foram presididos pela proponente da matéria e contou com a presença de pacientes em tratamento da doença e do médico neurologista, Júlio César Gargioni. Para ilustrar o início da abordagem, na abertura foi apresentado um vídeo institucional do Hospital Israelita Albert Einstein, de São Paulo/SP.

A parlamentar iniciou a sessão falando sobre a importância da abordagem do tema. “Não é uma tarefa fácil, é preciso o engajamento da sociedade, a fim de provocar o poder público para o desenvolvimento das ações. Esta Casa abre espaço para ouvir um grito de socorro e unir forças na busca de resultados” apontou a vereadora.

Depoimentos de quem sofre com a doença

Para Juliano Cabral, a maior dificuldade é conviver diariamente com as dores. “Este momento pode ser o pontapé inicial, mas é necessário evoluir e avançar, a gente precisa de ajuda, precisamos ser vistos, parece uma doença invisível. Há momentos difíceis para lidar com situações simples, é um dia de cada vez”, disse ele.
 Michele Chiarello participou de forma remota, segundo ela, o tempo é um dos fatores prejudiciais no tratamento. “Devido as diversas formas de manifestação, a doença vai e volta, assim, requer exames de alta complexidade, lutamos por políticas públicas devido a briga com o tempo; é uma doença degenerativa não tem cura, mas podemos retardar o avanço dela”, declarou ela.
Karine Seixas Ferrari fez um apelo em nome de todos os escleróticos. “Hoje o meu clamor é para que todos nós tenhamos atendimento de qualidade, recurso e acesso aos medicamentos. Acompanhem a esclerose, pois ela nos acompanha”, argumentou.

De acordo com o médico Júlio Gargioni, é necessária uma atenção adequada desde o início. “Um bom exame clínico neurológico mostra o caminho e nós temos que dar o apoio pós-diagnóstico. Os tratamentos hoje estão modernos e existem vários medicamentos de alta eficácia disponíveis, com o tratamento adequado o paciente tem qualidade de vida”, explicou.

Fotos: Bruno Heiderscheidt
Por Alex Branco – Jornalista

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