O projeto de estruturação da Rede de Prevenção e Enfrentamento às Violências contra a Mulher, no município de Lages, conta com a participação do Judiciário. Com a melhora do cenário pandêmico, os integrantes desta proposta coletiva reiniciaram as atividades com grupos reflexivos de homens autores de violência doméstica. Nesta semana, os trabalhos começaram com uma de três turmas previstas para o semestre. No mês de abril também houve dois encontros com o grupo do projeto piloto de 2019.
O juiz Alexandre Takaschima, titular da 2ª Vara Criminal da comarca de Lages, explica que serão 10 encontros semanais na Universidade do Planalto Catarinense (Uniplac), com duração individual de duas horas e com aproximadamente 10 homens selecionados pela Secretaria Municipal de Políticas para a Mulher de Lages. “Os encontros são facilitados por duas mulheres e dois homens que fizeram a formação, no ano passado, em gêneros, violências, grupos reflexivos e justiça restaurativa”, acrescenta o magistrado. O projeto capacitou 30 facilitadores e facilitadoras para os grupos reflexivos.
As atividades com os participantes ocorrem em duas turmas distintas. Uma delas com homens que têm contra si medidas protetivas de urgência, inquérito policial ou ação penal. Outra com homens identificados pela rede como possíveis autores de violência doméstica, para uma abordagem preventiva.
É com este grupo, o da prevenção, que o magistrado atua como facilitador, além de participar semanalmente na construção e supervisão dos encontros. “No projeto também fixo as medidas protetivas de urgência para participação nos grupos reflexivos, com base na seleção dos homens realizada pela Secretaria Municipal de Políticas para a Mulher de Lages”, reforça.
Taina Borges – NCI//TJSC – Serra e Meio-Oeste